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    Corrupção no futebol

    Cartola uruguaio é citado no Panama Papers e deixa cargo na Fifa

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    06/04/2016 20h23

    O presidente do Peñarol, Juan Pedro Damiani, renunciou nesta quarta-feira (6) ao seu cargo no comitê de ética da Fifa após ter sido citado nos documentos da investigação conhecida como Panama Papers, que revelou milhares de contas de lideranças de todo o mundo abertas em paraísos fiscais.

    Segundo os documentos, o escritório de advocacia do dirigente uruguaio manteve relações com empresas instaladas em paraísos fiscais, incluindo companhias de Eugenio Figueredo, ex-presidente da Conmebol preso em Zurique no ano passado em meio aos escândalos de corrupção na Fifa.

    Além disso, ele teria mantido negócios com uma empresa dos argentinos Hugo e Mariano Jenkins, também envolvidos no escândalo de corrupção na entidade máxima do futebol por terem pago milhões de dólares em propinas para assegurar os direitos de transmissão de TV de torneios na América do Sul.

    "Nem a título pessoal, nem através de nossa firma (sua empresa de consultoria), tive relação comercial alguma ou realizei negócios com ou para o senhor Eugenio Figueredo, nem para nenhuma das demais pessoas mencionadas nos artigos jornalísticos divulgados nos últimos dias", escreveu Damiani em carta divulgada.

    Pablo Bielli - 10.Jul.2015/AFP
    O presidente do Peñarol, Juan Pedro Damiani, durante evento em Montevidéu
    O presidente do Peñarol, Juan Pedro Damiani, durante evento em Montevidéu

    Damiani argumentou que denunciou à Justiça de Crime Organizado do Uruguai, em dezembro de 2013, "as situações que entendia merecerem ser investigadas a fundo na Conmebol", e que fez o mesmo na Fifa em fevereiro de 2014.

    A Polícia Federal da Suíça realizou nesta quarta (6) buscas na sede da Uefa (que controla o futebol europeu), em Nyon, para colher documentos dos contratos de direitos televisivos da entidade com a empresa Cross Trading.

    Na sequência, o Ministério Público da Suíça informou que há "suspeita de gestão criminosa" em negociações de venda de direitos de televisão de competições organizadas pela entidade europeia. o que motivou a ordem de busca e apreensão.

    Segundo o diário inglês "The Guardian", o presidente da Fifa, o suíço Gianni Infantino, também está na relação de pessoas envolvidas em transações com offshores, contas abertas em paraísos fiscais.

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