O volante Renan, 31, foi dispensado pela diretoria da Portuguesa após assistir das arquibancadas do Morumbi o triunfo do São Paulo sobre o Trujillanos por 6 a 0, na terça-feira (5), pela Taça Libertadores da América.

A demissão aconteceu dois dias após o Uol, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha, publicar uma matéria sobre a presença do jogador no estádio. Na matéria, Renan afirma "tenho o maior orgulho em dizer que este é o clube pelo qual torço, clube que sempre amei, e que uma das estrelas que está no escudo eu posso dizer que pelo menos indiretamente eu estava lá", disse o volante se referindo ao título do Mundial de Clubes de 2005.

De acordo com o jogador, o clube do Canindé primeiramente comunicou o seu afastamento e, na sequência, anunciou sua demissão.

Veja vídeo

"Cheguei para treinar ontem [quinta], e o gerente de futebol, o Carlinhos [Carlos Eiki Baptista] me chamou e disse que eu estava afastado por decisão da diretoria em uma reunião que teve [na quarta-feira] no Canindé, por estar aparecendo na mídia que eu fui ao Morumbi ver o jogo do São Paulo. Esse era o motivo do afastamento. Fui embora e esperei que entrassem em contato. O mesmo Carlinhos entrou em contato comigo solicitando que eu fosse até o Canindé para ter reunião com o presidente em exercício [Leandro Teixeira Duarte]. Ele deu outra versão de que não contariam mais comigo porque o salário era muito alto, que cortariam os custos para a Série C pela metade", contou Renan em entrevista à ESPN Brasil.

"Eu nunca fiz isso com uma segunda intenção, de voltar ao São Paulo. Sempre gostei do clube, desde os cinco anos de idade já ia com meu pai ao Morumbi para a arquibancada, não fiz com intenção nenhuma. O São Paulo hoje tem outros jogadores, já são 10 anos que saí, é outro momento", declarou o volante, que disse estar com cinco meses de direitos de imagem atrasados.

Veja vídeo