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    Fittipaldi diz que não teme prisão e espera quitar dívidas em seis meses

    DE SÃO PAULO
    DO UOL

    09/04/2016 15h43

    Vinicius Pereira - 9.nov.2014/Folhapress
    O ex-piloto Emerson Fittipaldi durante GP do Brasil de F-1
    O ex-piloto Emerson Fittipaldi durante GP do Brasil de F-1

    O ex-piloto Emerson Fittipaldi disse que espera quitar as suas dívidas dentro de seis meses.

    Fittipaldi enfrenta processos milionários na Justiça. São mais de 60 ações que tramitam nos Tribunais do Estado de São Paulo contra o bicampeão mundial de F-1. A lista de credores contra ele inclui bancos privados e públicos, prefeituras, empresários e até dono de posto de gasolina, de acordo com reportagem da TV Record.

    Em um comunicado divulgado na segunda-feira (4), Fittipaldi reconheceu as dívidas e afirmou que sua situação financeira é resultado do momento financeiro e político vivido pelo país.

    "Essa crise me afetou muito mesmo, assim como aconteceu com a maioria dos empresários nacionais. Mas espero que em seis meses eu esteja perto de quitar minhas dívidas. Agora, a máquina do país precisa voltar a funcionar", disse o ex-piloto em entrevista para a revista "Veja".

    Os bancos Bradesco, ABC, Safra, HSBC, Banco do Brasil e Itaú entraram com ações na Justiça pedindo ressarcimento por créditos bancários feitos ao ex-piloto. Os empréstimos dos bancos foram concedidos à empresa do piloto, a EF Marketing e Comunicação LTDA.

    Fittipaldi, contudo, disse que não teme ser preso. "Imagine. Tudo meu é transparente, não tem nada escondido", afirmou ele, que ressaltou ainda que muitas críticas vêm de invejosos.

    "Sou um homem digno, íntegro, cristão verdadeiro e nunca neguei que estivesse devendo. Atendo a todos os meus credores e tenho uma equipe no Brasil trabalhando 'full time' para resolver essas questões", afirmou.

    "Conquistei as maiores categorias de automobilismo no mundo, vou sair dessa, mas tem gente que quer denegrir a imagem de alguém que é um ídolo. Quando você é um ídolo, está lá em cima, só há um caminho para as pessoas derrubá-lo. Elas têm inveja. Mas venho recebendo apoio de amigos e sócios do mundo inteiro".

    Quando perguntado se estaria "quebrado", ele disse que o seu patrimônio é "muito superior" à dívida.

    O Banco do Brasil, por exemplo, move mais de 10 processos contra Fittipaldi. Em uma das ações, o valor da causa é de R$ 3.455 milhões.

    A Justiça de São Paulo determinou a penhora de um imóvel do ex-piloto e o bloqueio de pouco mais de R$ 2 mil. Em outras duas ações do Banco do Brasil, os valores superam R$ 2 milhões. A Justiça determinou a penhora dos bens diante da impossibilidade de arcar com todos os valores pedidos.

    O Banco ABC cobra R$ 393 mil por créditos concedidos ao ex-piloto. O Itaú pede mais de R$ 400 mil. Com o banco Safra, as cifras são ainda maiores: R$ 747 mil.

    As penhoras envolvem imóveis de Emerson e também artigos valiosos. Sem recursos para arcar com uma ação de R$ 1,7 milhão movida por um ex-parceiro comercial (quebra de contrato), Fittipaldi teve penhorado o carro que pilotou na Fórmula Indy de 1993. O carro estava no museu do ex-piloto, em São Paulo.

    À prefeitura paulistana, ele deve mais de R$ 50 mil em IPTU.

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