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    Los Angeles Lakers se despede do seu Michael Jordan

    DE SÃO PAULO

    13/04/2016 06h00

    Quando Michael Jordan ganhou o seu último título com o Chicago Bulls, em 1998, Kobe Bryant era apenas um jovem de 19 anos em busca de um espaço na NBA. Estava em sua segunda temporada na liga norte-americana de basquete.

    Dezoito anos se passaram e Bryant, agora com 37 anos, se despede nesta quarta-feira (13) das quadras. O seu último jogo acontece a partir das 23h30 (de Brasília, com ESPN), contra o Utah Jazz, no Staples Center.

    E se Jordan marcou uma geração com seis títulos conquistados com os Bulls, Bryant conseguiu algo semelhante com os Lakers. Afinal, foram 20 temporadas na franquia de Los Angeles –maior sequência com um time na NBA– e cinco títulos.

    "Kobe é uma pessoa que eu sempre admirei. Ele será sempre uma lenda. É o Michal Jordan [da nossa geração]", disse Derrick Rose, do Chicago Bulls.

    Depois que Jordan ganhou o seu último título pelos Bulls, somente três jogadores conseguiram se aproximar dele em números de troféus para uma mesma equipe. Além de Bryant, Derek Fisher, com os Lakers, e Tim Duncan, com o San Antonio Spurs, ganharam cinco vezes. Mas Bryant se sobressaiu.

    Pat Carter/AFP
    Imagem com Bryant em 1998 (esq.) e em 2016
    Imagem com Bryant em 1998 (esq.) e em 2016

    Ele é hoje, por exemplo, o terceiro maior cestinha da história da NBA, com 33.583 pontos, atrás apenas de Karl Malone (36.928) e Kareem Abdul-Jabbar (38.387), outro ídolo dos Lakers. Em 2014, ele deixou Jordan (32.292) em quarto.

    Bryant marcou época por outros recordes. Foi, por exemplo, 15 vezes titular no Jogo das Estrelas, acabou selecionado 11 vezes (assim como Malone) para o "primeiro time" da temporada e é, segundo a revista "Forbes", o jogador da NBA que mais ganhou dinheiro.

    Segundo a publicação, o atleta recebeu um total de US$ 680 milhões (R$ 2,4 bilhões, na cotação atual) ao longo da sua carreira. Jordan, por sua vez, ganhou US$ 465 (R$ 1,6 bilhão).

    Mais do que isso, assim como o ex-jogador dos Bulls, Bryant virou referência para os mais novos e que agora estão em quadra. Tanto pela sua fome de vitória quanto pelo seu estilo de jogo.

    "Ele [Bryant] é o meu ídolo. Eu o estudei, queria ser como ele. É uma lenda. É o nosso Michael Jordan", disse o ala Kevin Durant, do Oklahoma City Thunder.

    "Ele teve uma carreira incrível. Um cara que, para mim, mudou o jogo mental e fisicamente. É triste vê-lo sair, mas ele colocou a sua marca no jogo enquanto esteve aqui", afirmou.

    Um de seus momentos mais importantes na NBA aconteceu em 22 de janeiro de 2006, quando ele marcou 81 pontos na vitória por 122 a 104 dos Lakers sobre o Toronto Raptors.

    Somente um jogador conseguiu mais do que isso em um jogo: Wilt Chamberlain, com 100 pontos, em 1962.

    "Foi um dos poucos momentos em que eu me senti um torcedor em vez de companheiro de time. Eu tive que pedir para ele assinar um ingresso para mim depois do jogo. Você olhava para o placar eletrônico e via 72 [pontos], depois 78, e, de repente, 80. Parecia que estava quebrado", disse Luke Walton, ex-companheiro de time de Bryant, em entrevista ao jornal "Los Angeles Times".

    E ninguém quer perder a despedida do ala, mesmo que seja por valores altíssimos.

    Segundo o site StubHub, que é especializado em revendas de ingressos e é parceiro das ligas profissionais dos Estados Unidos, a média do valor dos ingressos para assistir à última partida do jogador é de US$ 997 (R$ 3,5 mil). E isso na pior temporada da história dos Lakers.

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