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    Ex-presidente da Gaviões e presidente da Pavilhão estão entre 37 procurados

    CAMILA MATTOSO
    DE SÃO PAULO

    15/04/2016 12h28 - Atualizado às 23h14

    O ex-presidente da torcida organizada Gaviões da Fiel, Wellington Rocha, e o presidente da Pavilhão 9, Philipe Gomes Lima, ambas formadas por corintianos, estão entre os alvos dos 37 mandados de prisão expedidos pela Polícia Civil (veja lista abaixo) nesta sexta-feira (15), referentes a confrontos violentos ligados ao futebol em 2016, especialmente à briga entre corintianos e palmeirenses no domingo (3) do clássico entre as equipes.

    Tanto Rocha como Lima não foram encontrados pela polícia nos endereços averiguados até o momento e continuam sendo procurados.

    A Folha teve acesso à lista de 18 pessoas envolvidas nas brigas de domingo e que já foram detidas nesta manhã. Ao todo, foram feitas 26 detenções até o momento.

    No dia do último clássico entre Corinthians e Palmeiras, confrontos pela cidade ocasionaram a morte de um torcedor e deixaram vários outros feridos.

    Dez mandados de prisão temporária foram direcionados aos envolvidos na briga na estação Brás do metrô, no domingo, sete deles para membros da Mancha Alvi Verde, do Palmeiras, e outros três para filiados à Pavilhão 9.

    Outros 27 mandados de prisão preventiva foram emitidos àqueles que participaram de briga ao lado da estação Clínicas do metrô, local próximo ao Pacaembu, onde ocorreu o clássico.

    Cicero Silva/Sigmapress/Folhapress
    Polícia Militar e Civil faz operação nas sedes das torcidas organizadas de São Paulo
    Polícia Militar e Cívil faz operação nas sedes das torcidas organizadas de São Paulo

    Entre os detidos está o torcedor corintiano Helder Alves Martins, que assumiu a autoria do disparo de um sinalizador que matou o garoto Kevin Beltrán Espada em Oruro, em 2013, durante jogo da Libertadores entre San Jose e Corinthians. Ele pertence à Gaviões da Fiel.

    Helder teria participado de briga ao lado da estação Clínicas do metrô, local próximo ao Pacaembu, onde ocorreu o clássico. Além dele, outros quatro envolvidos no episódio foram detidos.

    As sedes das torcidas organizadas Gaviões da Fiel, Pavilhão 9 e Camisa 12, do Corinthians, e Mancha Verde (na capital e na Baixada), foram vasculhadas por meio de mandados de busca e apreensão, assim como as casas de membros da Independente.

    Os são-paulinos entraram na mira da Polícia Civil após brigarem entre si depois da derrota para o Palmeiras no Pacaembu, em março.

    INTERDIÇÃO

    As sedes das duas torcidas foram interditadas nesta sexta.

    Segundo o secretário estadual da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, a sede da Pavilhão 9, em Itaquera, foi "lacrada e emparedada por falta total de segurança". O mesmo aconteceu no imóvel da Gaviões, no Bom Retiro.

    De acordo com a Prefeitura de São Paulo, o pedido para emparedar os locais veio diretamente do secretário. O advogado da Gaviões afirmou por volta de 20h que as sedes já foram liberadas.

    OUTRO LADO

    Procurados pela reportagem para comentarem a ação da Polícia Civil nesta sexta-feira, advogados das torcidas organizadas dizem não terem concordado com a operação.

    "Eu trabalho há décadas e sei de uma coisa. Não existe coincidência. Não existe. É claro que se trata de uma ação política", disse Davi Gebara, que representa a Gaviões da Fiel.

    A Pavilhão 9, outra corintiana, também vê da mesma forma.

    Ele tenta conseguir libertar os torcedores da uniformizada com um pedido de habeas corpus, que ainda não teve nenhum resultado.

    "A gente está à disposição da Justiça para todos os esclarecimentos que forem necessários e apuração dos fatos", afirmou Luiz Ferretti, advogado da Mancha.

    "Os motivos da prisão são ilegais. Vamos pedir revogação. O fato de estarem em imagens não quer dizer que tenham cometido crime", afirmou Daniel Antônio de Souza, também advogado da uniformizada palmeirense.

    Divulgação
    Funcionários da prefeitura liberam sede da Gaviões da Fiel
    Funcionários da prefeitura liberam sede da Gaviões da Fiel

    *

    MANDADOS DE PRISÃO TEMPORÁRIA (CASO METRÔ)

    Renan Biondi da Silva (Mancha Baixada)
    Ricardo Ferreira da Cruz (Mancha)
    Cristian Araujo Benedito (Mancha)
    Daniel Barros Pires Gomes (Mancha)
    Joelton Severiano de Souza (Mancha)
    Leandro Guerra Trombone (Mancha)
    Tales Julian Herrera (Mancha) - preso
    Philipe Gomes Lima (Pavilhão 9 - presidente)
    Gandhi Batista Oliveira (Pavilhão 9)
    Willian da Silva Vieira (Pavilhão 9)

    MANDADOS DE PRISÃO PREVENTIVA (CASO DR. ARNALDO)

    Wellington Rocha Junior
    Alexandre Elios Barrius Mota
    Victor Simoes Ruggeri - preso
    Leonardo da Silva Gomes
    Jaques Willian Rodrigues Moura
    Kleber B. Miguel
    Danilo Pereira Gomes Duarte
    Helder Alves Martins
    Igor Maximo Magalhães
    Thiago José Castelli Moraes
    Fabio da Costa Firmino
    Moacir Rodrigues de Moraes Neto
    Diego Fernandes de Oliveira
    Cristiano de Oliveira Camargo
    Cristhian Jorge Sanches
    Fábio de Oliveira Camara
    Rafael Alves Silva
    Rafael Pedroso de Souza
    Caio Marcio Perez Henriques
    Tadeu de Macedo Andrade
    Jorge Aparecido Damas Junior
    Carlos Alberto Severo da Silva
    Cleiton de Assis Silva
    Franklin de Jesus Rodrigues
    Marcos Rodrigo Silva de Azevedo
    Leandro Silva de Oliveira
    Thadeu da Silva Souza

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