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    Copa do Brasil

    Rival do Santos na Copa do Brasil disputou só 2 jogos oficiais em 2016

    LUIZ COSENZO
    DE SÃO PAULO

    21/04/2016 02h00

    A semelhança é só o nome. O distintivo com as duas estrelas douradas em cada ponta referentes aos títulos mundiais de 62 e 63 já mostra o abismo existente entre o Santos e o seu xará do Amapá, que se enfrentam nesta quinta-feira (21), às 21h30, no estádio Zerão, em Macapá, pela primeira fase da Copa do Brasil.

    Fundado em 1973, o clube amapaense tem uma folha salarial de R$ 80 mil –metade do que ganha Ricardo Oliveira, um dos principais jogadores do clube da Baixada Santista e que não estará em campo nesta noite.

    Além do camisa nove, nenhum outro jogador considerado titular foi relacionado para a partida. Até o técnico Dorival Júnior não viajou —será substituído pelo seu filho Lucas Silvestre. Tudo isso para deixar o time mais inteiro para o confronto contra o Palmeiras, no domingo (24), pela semifinal do Campeonato Paulista.

    Se a equipe da Vila Belmiro quer preservar seus jogadores, o xará busca ritmo de jogo. Será apenas a sua segunda partida do clube no ano –as outras duas foram contra o Nacional-AM, pela Copa Verde. Ao contrário dos outros estaduais, o Campeonato Amapaense, que terá cinco clubes, começará em 4 de junho.

    "Iniciamos a preparação no dia 30 de janeiro e jogamos pela última vez há mais de um mês. A falta de ritmo de jogo atrapalha, mas vamos buscar um resultado positivo", disse Luciano Marba da Silva, 43, presidente do clube.

    "Não quero saber se o Santos vai jogar com a equipe reserva, com a equipe B ou com o Sub-17. O que vale é o resultado e quero vencer o Santos, que é o Santos de Pelé", acrescentou o dirigente, que espera casa cheia.

    Foram colocados à venda quatro mil ingressos no valor de R$ 100 (inteira). O valor do bilhete antecipado era de R$ 50 –o clube não informou o total de entradas vendidas antecipadamente.

    "Escuto gente reclamando dos preços, mas estamos recebendo um time de Série A. Se o Vasco viesse jogar aqui contra o Flamengo, o pessoal venderia até a casa para ir no jogo. O pessoal aqui não dá valor para os times do seu próprio estado", afirmou Marba.

    Gaúcho de Pelotas, o dirigente mora desde 1994 no Estado, onde tem uma empresa de vigilância e segurança privada, e está na presidência do clube há cinco anos.

    "É difícil sobreviver quando o time está em divisões inferiores. Temos que pagar taxa de inscrição, taxa de transferência. É muito desigual a divisão do dinheiro. A CBF tem que dividir uma parte do bolo. Hoje, sou o principal patrocinador da equipe", completou Marba.

    Tricampeão estadual (2013, 2014 e 2015), o xará do Santos de Pelé disputará neste ano ainda a Série D do Campeonato Brasileiro.

    Ivan Storti/Santos FC
    Fora do jogo contra o xará do Amapá, Ricardo Oliveira participa de treino
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