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    Corrupção no futebol

    CPI da Câmara aprova requerimento para ouvir Marin, que não vai falar

    DE SÃO PAULO

    28/04/2016 16h51

    O ex-presidente da CBF José Maria Marin não vai receber a CPI da Máfia do Futebol, da Câmara dos Deputados. Na terça (26), a comissão aprovou requerimento para ouvi-lo nos Estados Unidos, onde cumpre prisão domiciliar.

    O requerimento aprovou também que o empresário J Hawilla, delator do esquema de corrupção que levou vários cartolas à prisão, seja ouvido.

    Para os deputados ouvirem Marin ou Hawilla é preciso, primeiro, que a Justiça Americana, que investiga as denúncias de corrupção, autorize. Mesmo com o aval judicial, o depoente pode se negar a falar, que seria a atitude de Marin, já que a CPI não tem jurisdição sobre ele, preso e esperando julgamento fora do Brasil.

    A CPI do Futebol, instalada no Senado em julho de 2015, também já tentou ouvir Marin fora do país, quando ele estava preso na Suíça, mas desistiu porque ele não falaria e seria gasto dinheiro público à toa para viajar até a Europa.

    Os deputados que fazem parte da CPI da Câmara tentaram aprovar requerimento para convidar o técnico da seleção brasileira, Dunga, e o pai do jogador Neymar, Neymar da Silva, para deporem, mas a solicitação não foi adiante. O que foi aprovado foi que os deputados marquem uma visita a Dunga, provavelmente na sede da CBF.

    ACUSAÇÃO

    O ex-presidente da CBF foi extraditado para os Estados Unidos em 3 de novembro de 2015, após cinco meses preso na Suíça. Ele é acusado pelo governo americano de participar de um esquema mundial de propinas e subornos no âmbito de comercialização de jogos e direitos de marketing de competições. Marin se declara inocente.

    A Justiça dos EUA adiou no último dia 13 a decisão sobre a data do julgamento de Marin e de outros cartolas acusados de envolvimento no escândalo de corrupção da Fifa.

    De acordo com o procurador Evan Norris, o julgamento voltou à "estaca zero" após o juiz Raymond Dearie não dar aval para o julgamento ser realizado na data de 27 de fevereiro de 2017, inicialmente proposta pela Procuradoria de Justiça dos EUA.

    A próxima audiência foi marcada para 3 de agosto, e nos próximos dias o juiz deverá fixar data-limite para movimentações jurídicas menores, como prazo para petições.

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