Com um formato diferente de outros clubes brasileiros, o Audax não consegue se livrar do mesmo problema que os demais: só deu prejuízo até hoje.

Comprado em 2013, o clube terminou os últimos anos no vermelho –antes a administração era do Grupo Pão de Açúcar.

O investimento feito por Mario Teixeira para a aquisição foi de R$ 30 milhões.

No balanço de 2014, o primeiro completo sob nova direção, uma auditoria deu o recado: "a companhia deve elaborar planos para reverter a situação".

Apesar disso, em 2015, o deficit foi de R$ 5 milhões.

"Futebol é uma paixão, mas tem que ser uma paixão consciente. Nosso objetivo é tentar dar condições ao Audax para que um dia ele consiga andar com as próprias pernas, sem depender de recursos da nossa família", afirmou o filho de Seu Mario, Gustavo Teixeira.

É ele quem cuida mais de perto dos clubes, dedicando inteiramente sua vida a isso hoje em dia.

"O futebol pode dar lucro, mas é muito difícil isso ocorrer no Brasil. Uma coisa importante que está acontecendo é que os dirigentes estão se conscientizando de que o clube deve ser gerido como uma empresa. Não se pode fazer mais loucuras, os orçamentos têm de ser respeitados, novas fontes têm de ser buscadas", completou.

Além da ajuda familiar, o Audax conta com patrocinadores e dinheiro de bilheteria para se manter, o que não é suficiente.

A cota de televisão do Campeonato Paulista é, de acordo com o dirigente, o faturamento mais importante, mas ele se queixa.

"Uma equipe grande recebe da federação uma cota cinco vezes maior que a de uma equipe menor. Não é justo. Como seria um campeonato onde todos tivessem cotas iguais? Será que a competição seria mais interessante? Eu acredito que sim", finalizou.

A estrutura, porém, mesmo sendo uma equipe menor, conta com cem funcionários atualmente.

NÚMEROS

8 a 10 milhões de reais por ano

É o valor gasto pelo clube de Osasco para manter a sua equipe profissional

Balanço 2015

5 milhões

de reais de deficit

Balanço 2014

3,8 milhões

de reais de deficit

	Renato Silvestre - 23.mar.2014/Folhapress
	Mario Teixeira, homem forte do Audax, caminha no estádio José Liberatti