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    Palmeiras não entrega documento e chega a 3 meses sem receber da Crefisa

    GUILHERME SETO
    DE SÃO PAULO

    02/05/2016 19h07

    Andre Penner/Associated Press
    Jogadores do Palmeiras usam camisa comemorativa após o título da Copa do Brasil
    Jogadores do Palmeiras usam camisa comemorativa após o título da Copa do Brasil

    Nesta segunda-feira (2), primeiro dia útil de maio, a Crefisa, patrocinadora do Palmeiras, esperava ter em mãos o aditivo contratual que propôs ao clube e depositar as parcelas de patrocínio referentes a março, abril e o atual mês. No entanto, segundo a Folha apurou, o clube pediu mais alguns dias para a análise do documento pelo departamento jurídico e segue para o terceiro mês sem receber os valores, que agora chegam a R$ 19,5 milhões.

    A Crefisa tem separado os valores para fazer o pagamento do acumulado assim que as partes chegarem a um acordo. O principal ponto de discórdia, uma multa de R$ 2,5 milhões em caso de infrações contratuais, já foi resolvido com a aceitação do valor por parte do Palmeiras. Inicialmente, o clube solicitou a redução para R$ 1 milhão, mas a patrocinadora não aceitou.

    A divergência entre as partes começou no final de 2015, motivada pela camiseta comemorativa que a equipe utilizou durante a festa do título da Copa do Brasil. Chamada de "winner t-shirt", a camiseta apresentava as marcas Crefisa e FAM de forma reduzida, o que causou incômodo nos patrocinadores.

    No final de fevereiro, em episódio semelhante, o Palmeiras fez campanha de divulgação do programa de sócios-torcedores Avanti nas camisas dos jogadores na derrota para a Ferroviária.

    A ação irritou mais ainda a Crefisa, que então propôs o aditivo ao contrato de patrocínio assinado entre as partes.

    No aditivo, a Crefisa especifica o tamanho e o lugar em que suas marcas devem ser exibidas nos uniformes; exigiu que sua marca tenha o mesmo espaço nas "winner t-shirts" (camisas comemorativas usadas pelos jogadores em caso de título); e impôs a multa.

    A empresa chegou a pedir que suas marcas fossem anunciadas no sistema de som do Allianz Parque, mas foi dissuadida ao saber que o Palmeiras não tem autonomia para tomar essa decisão, que teria que passar pela administradora do estádio, a WTorre.

    As conversas entre a patrocinadora e o clube seguem em tom amistoso e um acordo positivo ainda é visto como a saída mais provável.

    Procurados, Crefisa e Palmeiras não quiseram se pronunciar sobre o tema.

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