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    Palmeiras e Crefisa se acertam, e imbróglio de R$ 19,5 mi chega ao fim

    GUILHERME SETO
    DE SÃO PAULO

    05/05/2016 16h49

    Andre Penner/Associated Press
    Jogadores do Palmeiras usam camisa comemorativa após o título da Copa do Brasil
    Jogadores do Palmeiras usam camisa comemorativa após o título da Copa do Brasil

    A novela dos desentendimentos entre o Palmeiras e a patrocinadora Crefisa finalmente encontrou seu fim. Nesta quinta-feira (5), o vice-presidente do clube, Mauricio Galiote, confirmou a representantes da patrocinadora que aceita as condições estipuladas na última versão do aditivo ao contrato entre as partes e que enviará até esta sexta-feira (6) o documento assinado.

    Assim, a patrocinadora deve depositar os R$ 19,5 milhões na segunda-feira (9), o primeiro dia útil após a entrega do aditivo pelo Palmeiras. Dessa forma, os empréstimos feitos pelo presidente Paulo Nobre para cobrir o buraco deixado pela falta de pagamento durante três meses deverão ser pagos com esse dinheiro.

    A divergência entre as partes começou no final de 2015, motivada pela camiseta comemorativa que a equipe utilizou durante a festa do título da Copa do Brasil. Chamada de "winner t-shirt", a camiseta apresentava as marcas Crefisa e FAM de forma reduzida, o que causou incômodo nos patrocinadores.

    No final de fevereiro, em episódio semelhante, o Palmeiras fez campanha de divulgação do programa de sócios-torcedores Avanti nas camisas dos jogadores na derrota para a Ferroviária.

    A ação irritou mais ainda a Crefisa, que então propôs o aditivo ao contrato de patrocínio assinado entre as partes.

    No aditivo, a Crefisa especifica o tamanho e o lugar em que suas marcas devem ser exibidas nos uniformes; exigiu que sua marca tenha o mesmo espaço nas "winner t-shirts" (camisas comemorativas usadas pelos jogadores em caso de título); e impôs a multa.

    A empresa chegou a pedir que suas marcas fossem anunciadas no sistema de som do Allianz Parque, mas foi dissuadida ao saber que o Palmeiras não tem autonomia para tomar essa decisão, que teria que passar pela administradora do estádio, a WTorre.

    Os valores de duas multas viraram motivo de discórdia entre as partes, mas nos dois casos o Palmeiras cedeu. A Crefisa queria R$ 2,5 milhões em caso de infração do contrato, e o clube pediu redução para R$ 1 milhão. No caso de ruptura de contrato, a patrocinadora defendia pagamento de 30% do restante do acordo, ao passo que o Palmeiras argumentava que o valor integral deveria ser pago. Na versão final, permanecerem os pedidos da Crefisa.

    Em reuniões, representantes da Crefisa queixaram-se do que viam como morosidade do departamento jurídico do Palmeiras na análise do aditivo contratual e que a imagem da empresa estava sendo prejudicada pelo imbróglio –nas redes sociais, torcedores começaram a cobrar o pagamento do patrocínio.

    Procurados, os envolvidos não quiseram se pronunciar sobre o tema.

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