• Esporte

    Sunday, 19-May-2024 22:32:41 -03

    Crefisa deposita R$ 19,5 milhões de patrocínio para o Palmeiras

    GUILHERME SETO
    DE SÃO PAULO

    09/05/2016 12h58

    Andre Penner/Associated Press
    Jogadores do Palmeiras usam camisa comemorativa após o título da Copa do Brasil
    Jogadores do Palmeiras usam camisa comemorativa após o título da Copa do Brasil

    Nesta segunda-feira (9), a Crefisa depositou os R$ 19,5 milhões referentes às parcelas de patrocínio que não haviam sido pagas durante o imbróglio com o Palmeiras. O valor será utilizado para pagar os empréstimos que o presidente do clube, Paulo Nobre, vinha fazendo para cobrir o buraco deixado. Como a Folha adiantou, as partes chegaram a um acerto na quinta-feira (5).

    Assim, o desentendimento chega ao fim. Com a assinatura do aditivo por ambas as partes, a relação entre a patrocinadora e o clube deve voltar à normalidade.

    "Estamos aliviados com o final feliz", diz Eduardo Rodrigues, executivo responsável pelo marketing da Crefisa e FAM. Ao todo, as empresas pagam cerca de R$ 66 milhões anuais para ter suas marcas na frente (master), no número, na omoplata, na manga, nos calções e nos meiões do uniforme do Palmeiras.

    A divergência entre as partes começou no final de 2015, motivada pela camiseta comemorativa que a equipe utilizou durante a festa do título da Copa do Brasil. Chamada de "winner t-shirt", a camiseta apresentava as marcas Crefisa e FAM de forma reduzida, o que causou incômodo nos patrocinadores.

    No final de fevereiro, em episódio semelhante, o Palmeiras fez campanha de divulgação do programa de sócios-torcedores Avanti nas camisas dos jogadores na derrota para a Ferroviária.

    A ação irritou mais ainda a Crefisa, que então propôs o aditivo ao contrato de patrocínio assinado entre as partes.

    No aditivo, a Crefisa especifica o tamanho e o lugar em que suas marcas devem ser exibidas nos uniformes; exigiu que sua marca tenha o mesmo espaço nas "winner t-shirts" (camisas comemorativas usadas pelos jogadores em caso de título); e impôs a multa.

    A empresa chegou a pedir que suas marcas fossem anunciadas no sistema de som do Allianz Parque, mas foi dissuadida ao saber que o Palmeiras não tem autonomia para tomar essa decisão, que teria que passar pela administradora do estádio, a WTorre.

    Os valores de duas multas viraram motivo de discórdia entre as partes, mas nos dois casos o Palmeiras cedeu. A Crefisa queria R$ 2,5 milhões em caso de infração do contrato, e o clube pediu redução para R$ 1 milhão. No caso de ruptura de contrato, a patrocinadora defendia pagamento de 30% do restante do acordo, ao passo que o Palmeiras argumentava que o valor integral deveria ser pago. Na versão final, permanecerem os pedidos da Crefisa.

    Em reuniões, representantes da Crefisa queixaram-se do que viam como morosidade do departamento jurídico do Palmeiras na análise do aditivo contratual e que a imagem da empresa estava sendo prejudicada pelo imbróglio -nas redes sociais, torcedores começaram a cobrar o pagamento do patrocínio.

    [an error occurred while processing this directive]

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024