Não será fácil para o São Paulo permanecer com o zagueiro Maicon no time para a disputa das semifinais e de uma eventual final da Libertadores, e para a sequência do Campeonato Brasileiro.

Autor do gol que deu a classificação do São Paulo à semifinal da Libertadores, nesta quarta (18), Maicon tem permanência garantida no time tricolor apenas até 30 de junho, quando se encerra o contrato de empréstimo feito junto ao Porto, de Portugal —as semifinais do torneio continental só acontecerão em julho, após a Copa América Centenário.

"Entendo que a prorrogação do empréstimo [de Maicon] ao São Paulo seja manifestamente impossível por duas razões: o Porto [POR] está precisando de zagueiro e o Porto quer fazer negócio com o Maicon", disse
o empresário do zagueiro, o português Antônio Araújo, nesta quinta (19) à Folha. "Tudo indica, em princípio, que Maicon volta ao Porto", completou.

O Porto tem interesse apenas na venda em definitivo do jogador, já que tem de cumprir as regras do Fair Play financeiro imposto pela Uefa e não pode gastar mais do que ganha.

Desta forma, a negociação do jogador, que pode render cerca de 15 milhões de euros (R$60,5 mi) ao Porto, seria essencial para equilibrar as contas do clube português.

"Todos sabem da nossa dificuldade em fazer a contratação definitiva dele. Tentamos negociações mais diretas com o Porto, mas eles não abriram negociações conosco", disse Luiz Cunha, diretor de futebol do São Paulo à Folha. "Não consigo entender o que passa na cabeça deles. Eles precisam falar o que querem", completou.

A impossibilidade da extensão do empréstimo diminui as alternativas do São Paulo para contar com o zagueiro no restante do ano. O clube chegou a tentar trocar Maicon por revelações da base, mas a disputa pela contratação é complicada.

Segundo Araújo, o jogador está muito feliz no São Paulo, mas "tem mercado na Europa, e tem propostas da Itália, Inglaterra e Espanha". Além disso, o fato do jogador ser naturalizado português, facilita sua inserção em ligas europeias onde há limitação de número de estrangeiros.