• Esporte

    Saturday, 04-May-2024 22:09:26 -03

    Copa América

    Cortes atrapalham os dois principais objetivos de Dunga na Copa América

    MARCEL RIZZO
    ENVIADO ESPECIAL A LOS ANGELES

    31/05/2016 19h39

    Dunga tinha dois objetivos principais na Copa América do Centenário, que começa nesta semana nos Estados Unidos: testar e fazer finalmente funcionar, um ataque sem Neymar, e dar experiência a jovens atletas com menos de 23 anos que disputarão a Rio-2016, em agosto.

    Lesões atrapalharam boa parte dos planos de Dunga. Já foram quatro cortes, dois titulares do setor ofensivo, Ricardo Oliveira e Douglas Costa, e dois com idade para a Olimpíada.

    A CBF anunciou nesta terça (31) o corte de mais dois : o goleiro Ederson, do Benfica, e o meia-atacante Rafinha Alcântara, do Barcelona. Ambos foram da cota, de total de sete, sub-23 convocada.

    Marcelo Grohe, goleiro do Grêmio, e Lucas Moura, do Paris Saint-Germain, foram chamados nessas vagas, mas ambos não têm idade para jogar a Rio-2016, a não ser entre os três veteranos que Dunga poderá relacionar — os dois, porém, não fazem parte dos planos.

    Ederson e Rafinha teriam poucas chances em campo, a princípio, mas Dunga queria conviver com os atletas que vai comandar em agosto —e o goleiro e o meia devem ser titulares.

    Como as convocações do time principal e da equipe olímpica coincidem em datas Fifas (quando os clubes são obrigados a liberar os atletas em período determinado no mês), Dunga, que acumula os cargos, não participa nem dos treinamentos do time sub-23, trabalho a cargo do auxiliar Rogério Micale.

    "Queremos ver esses jogadores juntos, o que podem produzir. São atletas que em pouco tempo estarão na seleção principal", disse Dunga.

    NA FRENTE

    Neymar não foi convocado para a Copa América devido a acordo entre a CBF e o clube do jogador, o Barcelona, de só liberá-lo para um torneio neste meio de 2016. A confederação optou pela Rio-2016, na tentativa de levar um título inédito.

    Sem Neymar, a comissão técnica previa que Douglas Costa, que fez ótima temporada no Bayern de Munique, assumisse a responsabilidade em campo.

    Introvertido fora dos gramados, e há algum tempo atrás considerado imaturo, ele fez trabalho longo com ajuda de especialistas no Bayern, e amadureceu dentro e fora dos gramados. Era a esperança para suprir a ausência de Neymar, mas uma lesão muscular o impediu de seguir com a delegação nos EUA.

    Ricardo Oliveira nem viajou. Ele ligou para a comissão técnica para contar que convive com dores, e Jonas foi chamado em seu lugar.

    Dunga imaginava escalar a seleção com Ricardo Oliveira isolado na frente, e Willian, Elias, Renato Augusto e Douglas Costa fazendo uma linha de quatro.

    Com a perda de Ricardo, Jonas virou esse jogador, e Phillipe Coutinho tem feito a função de Douglas — Kaká foi o convocado na vaga do atleta do Bayern, mas muito mais para suprir a falta de experiência do grupo.

    Dunga teve cortados por lesões em todas as dez convocações que fez desde que reassumiu a seleção, em julho de 2014.

    O quarto corte iguala o número de outubro de 2015, nas eliminatórias da Copa-2018, contra Chile e Venezuela, quando também perdeu quatro por machucados (Firmino, David Luiz, Marcelo Grohe e Philippe Coutinho).
    Na Copa América de 2015, no Chile, Dunga teve três cortes por lesão: Danilo, Marcelo e Luis Gustavo.

    Bem diferente da primeira passagem, entre 2006 e 2010, quando nas três principais competições que disputou só perdeu um, o atacante Fred para a Copa América de 2007, e durante o torneio (nem pode convocar um substituto).

    Edição impressa
    [an error occurred while processing this directive]

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024