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    Depois de 10 anos no poder, procurador do STJD vai deixar o cargo

    CAMILA MATTOSO
    DE SÃO PAULO

    02/06/2016 11h15

    Daniel Marenco - 27.dez.2013/Folhapress
    O procurador-geral, Paulo Schmitt (esq.), durante julgamento no STJD do caso da Portuguesa em 2013
    O procurador-geral, Paulo Schmitt (esq.), durante julgamento no STJD do caso da Portuguesa em 2013

    O procurador-geral do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), Paulo Schmitt, não vai mais continuar no cargo que exerce há dez anos a partir do próximo mandato. Desgastado entre os clubes, ele decidiu não concorrer para permanecer na função.

    A troca do comando de todo o STJD acontecerá em julho, com eleição do novo presidente e indicação de nove auditores para composição do Pleno. 

    Para a procuradoria, a CBF envia uma lista com três nomes e o tribunal vota para escolher quem estará na linha de frente —a troca acontece de dois em dois anos.

    Schmitt diz que já cumpriu seu papel no futebol e, portanto, não se candidatará à vaga. 

    "Sobre esse assunto entendo que já dei a minha contribuição, mais de 10 anos perseguindo de forma incansável o cumprimento das normas desportivas, e em defesa da ética e moralidade. Tive a honra de chefiar uma equipe incrível, e tendo a plena confiança dos indicantes no caso CBF e tribunal ao longo de todo esse período. Não tenho pretensão em continuar. Estou com novos projetos", afirmou, em rápido contato com a Folha.

    Durante estes dez anos, Schmitt ficou famoso entre clubes, torcedores e imprensa. Com declarações fortes e diversas polêmicas, ele tinha o papel de denunciar os times e jogadores por infrações cometidas, levando os casos para o Tribunal —não fazia parte dos julgamentos.

    Nos últimos meses, acabou tendo sua imagem desgastada no meio. Viajava mundo afora por convite da CBF, assistindo a jogos com entradas doadas pela entidade –o que gerava certo mal-estar pelo papel que cumpre.

    Foi também acusado de revender ingressos da Copa do Mundo, há dois anos, no Brasil, caindo no grampo da Polícia Federal —chegou a ser investigado, mas não foi denunciado. 

    Neste ano, trocas de e-mails de Schmitt com a CBF chegaram à CPI e foram relevadas pela ESPN, causando nova polêmica e uma investigação interna do STJD, para apurar se sua atuação estava sofrendo interferência da confederação –ainda não teve resultado. 

    Por causa do episódio, clubes se juntaram em um abaixo-assinado, pedindo seu afastamento imediato, o que não aconteceu.

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