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    Copa América

    Dunga usa estádio do tetra para motivar seleção em estreia

    MARCEL RIZZO
    ENVIADO ESPECIAL A LOS ANGELES

    04/06/2016 02h00

    O dia 17 de julho de 1994 tem sido usado pelo técnico Dunga para motivar a seleção na Copa América Centenário.

    A organização da competição fez questão de colocar a estreia do Brasil neste sábado (4), às 23h de Brasília, contra o Equador, no mesmo estádio onde, há quase 22 anos, o treinador levantou o troféu do quarto título mundial da seleção, na Copa dos Estados Unidos.

    O Rose Bowl fica em Pasadena, cidade a cerca de uma hora do centro de Los Angeles, e ficou marcado por uma partida que teve início pouco depois do meio-dia, com um sol e calor insuportáveis, e pelos palavrões do capitão Dunga, ainda magoado com jornalistas, ao erguer a taça.

    "O Dunga falou bastante desse jogo, de como o local foi importante para o futebol brasileiro, como entraram para a história. Só é lembrado quem ganha", disse o lateral-esquerdo Douglas Santos, ecoando frase usada à exaustão em uma palestra quase inteira dedicada ao tema.

    O Rose Bowl é para Dunga sua redenção. Quatro anos antes, na Copa da Itália-90, um fracasso nas oitavas de final para a Argentina, com um futebol burocrático do treinador Sebastião Lazaroni, marcou aquela geração como a "Era Dunga". Ele era o principal volante daquele time.

    Além de Dunga, a delegação atual da seleção tem outros dois membros que estavam no time campeão do mundo em Pasadena: Gilmar Rinaldi, hoje o coordenador de seleções, era o terceiro goleiro, enquanto Taffarel, hoje preparador de goleiros, foi fundamental no título ao pegar um pênalti na decisão.

    "Estivemos no Rose Bowl também durante os Jogos Olímpicos de 1984. Era um time que tinha o Inter como base", lembrou Rinaldi. Naquele ano, o Brasil olímpico fez três jogos no local, ganhou dois e perdeu a final para a França, 2 a 0 –Rinaldi e Dunga atuaram naquele jogo.

    O ESTÁDIO

    O Rose Bowl tem capacidade para mais de 90 mil pessoas e foi a tradução do que significou a Copa-1994: o último Mundial sem que nenhum estádio fosse construído, usando arenas já preparadas, com algumas modificações para o futebol.

    A partir de 1998, sempre um equipamento foi erguido para a Copa. No caso do Brasil-2014, foram cinco construídos, três reformados e quatro totalmente remodelados.

    Tombado pelo patrimônio histórico, o Rose Bowl é um dos dois estádios desta Copa América que foram usados na Copa-94. O outro é o Soldier Field, em Chicago, que pode receber o Brasil na semifinal.

    Apesar de em 2011 um projeto de US$ 180 milhões (R$ 635 milhões) ter sido aprovado para a reforma, o Rose Bowl é a menos moderna das dez arenas do torneio. A maioria foi erguida para capitalizar patrocinadores na bilionária liga profissional de futebol americano.

    A reforma, que não pode alterar a fachada do estádio, inclui construção de camarotes, remodelação de placares eletrônicos e melhora da segurança e evacuação de público. A previsão é acabar em janeiro de 2017, antes da final de futebol americano chamada Rose Bowl, entre as melhores universidades locais.

    DUNGA, JOGO 24 Ficha Brasil x Equador
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