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    Campeonato Brasileiro 2016 - Série A

    Palmeiras tentou trocar data de jogo para atuar no Allianz, mas CBF vetou

    GUILHERME SETO
    DE SÃO PAULO

    07/06/2016 18h09

    O Palmeiras deixará de jogar no Allianz Parque contra o América-MG, em 22 de junho, pelo Campeonato Brasileiro, porque o estádio sediará a estreia internacional do filme "Independence Day: O Ressurgimento" na mesma data. Segundo Rogério Dezembro, CEO da WTorre Entretenimento, o clube ofereceu datas alternativas, como segunda (20), terça (21), quinta (23), mas foram vetadas pela CBF. Procurada pela Folha, a CBF confirmou a tentativa de troca de data e disse que há dificuldade para remanejar a tabela, dado que acontecerão quatro rodadas em sequência, abrangendo os dias 15,18, 22 e 25 de junho.

    Em caso de troca da estreia do filme, os confrontos contra Corinthians (12 de junho) ou Santa Cruz (18 de junho) seriam afetados. Dessa forma, ainda segundo Dezembro, Palmeiras e WTorre decidiram que seria uma "perda menor" deixar de jogar contra o América-MG no Allianz Parque.

    "O clube trabalhou até o último minuto para transferir o jogo, e começou a tentar em abril. Como os jogos contra Corinthians e Santa Cruz vão acontecer em finais de semana, acreditamos que seria uma perda menor tirar o jogo do América-MG do Allianz Parque", disse, lembrando que o São Paulo joga na capital na quinta e que o próprio Santos tem atuado ocasionalmente no Pacaembu.

    "Não é um eventinho, cinema ao ar livre. É a primeira vez que um 'blockbuster' tem sua estreia acontecendo no Brasil. Geralmente, se lança nos Estados Unidos, Europa ou Ásia", completou.

    Nos últimos dias, torcedores têm se organizado nas redes sociais para boicotar o evento, comprando ingressos e atrapalhando o evento com cantos sobre o time ou mesmo soltando rojões do lado de fora do estádio. Sobre isso, Dezembro acredita que o próprio clube seria prejudicado em caso de boicote.

    "Não é um posicionamento da torcida em geral. Acho que o torcedor do Palmeiras é inteligente o suficiente para perceber que o modelo de negócios não teve um tostão de dinheiro público ou subsídio, e o Palmeiras não contraiu um Real de dívida. Era sabido que o estádio seria explorado com outros eventos para ter o 'payback'. Se começarem a criar constrangimento, a manutenção do próprio estádio é prejudicada, e o clube é afetado diretamente, porque se beneficia das receitas geradas", explicou.

    Sobre a possibilidade de atitudes violentas de torcedores, ele não acredita em nada mais drástico.

    "São atitudes impensadas, que não acontecem sempre. A sociedade brasileira está assim, infelizmente. Veja o caso daquele garoto que foi atacado com uma rocha, ou o menino que estava armado e o PM acabou atirando... É desagradável esse tipo de situação, mas não creio [em atitudes violentas]", disse.

    DATAS EM ABERTO

    Em coletiva de imprensa, Dezembro explicou que o clube foi avisado com antecedência de que oito dos 19 jogos do Palmeiras no Allianz Parque poderiam ser movidos para outro lugar devido a eventos, mas atualmente apenas cinco estão na programação: contra América-MG, Cruzeiro (em outubro, devido a show do cantor Andrea Bocelli), Santos (10.jul), São Paulo (7.set) e Sport (23.out). Partidas contra Coritiba e Flamengo (ambas em setembro) já foram liberadas para serem disputadas no Allianz Parque.

    "Não é uma atitude impensada: surge uma oportunidade e tiramos o jogo do Allianz Parque. O calendário é dinâmico, um quebra-cabeças. Para uma arena multiuso, o ideal é sediar o máximo possível de eventos, entre jogos, shows, conferências, etc.. Queremos ter jogos às quartas, quintas e finais de semana, e outros eventos em outros dias. É o ideal para todos. Tentamos conciliar o jogo contra o América-MG com o filme, mas não teve resultado positivo a negociação do clube com a CBF", afirmou.

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