Em time campeão do mundo também se mexe, como mostra a Eurocopa-2016, que começa nesta sexta-feira (10), na França, com partidas em dez cidades do país.

As dez seleções que disputaram o Mundial no Brasil, em 2014, e que estão no torneio europeu mudaram, em média, 44% dos seus elencos em dois anos, segundo levantamento feito pela Folha.

A Alemanha, tetracampeã ao bater a Argentina no Maracanã, não é exceção. Tem nove mudanças entre os 23 convocados (39%).

A maior parte das trocas feitas pelo técnico Joachim Löw foram no setor defensivo da equipe, e poucas das caras novas devem fazer parte do time titular.

Os goleiros Bernd Leno e Ter Stegen, o lateral Jonas Hector, os zagueiros Joshua Kimmich e Jonathan Tah, além de Enre Can, volante que também atua como lateral, são as novidades.

NOVIDADES DA Euro-2016 - Número de jogadores convocados que não estiveram na Copa-2014

A principal ausência no setor é Philipp Lahm. O lateral e volante se aposentou após a conquista da Copa do Mundo, assim como o zagueiro Per Mertesacker e o atacante Miroslav Klose.

O volante Julian Weigl e o meia Leroy Sané, ambos de 20 anos, também passaram a compor a seleção com menor média de idade do torneio ao lado da Inglaterra.

O atacante Mario Gomez, 30, retorna a uma competição importante após ficar fora do torneio no Brasil.

"Claro que foi difícil recomeçar após uma experiência tão intensa quanto o Mundial. Tivemos algumas dificuldades e sabemos que temos de aumentar o nível do nosso jogo se quisermos ter chances", disse Löw durante a preparação da equipe.

A quantidade de mudanças da Alemanha surpreende se comparada com a penúltima campeã do mundo.

Da Copa-2010 para a Euro-2012, a Espanha fez apenas quatro alterações entre os seus convocados.

Já a seleção da Holanda, que havia sido vice-campeã mundial, mudou sete nomes.

Novidades da Euro

OUTRAS SELEÇÕES

Para a Euro deste ano, a Suíça foi quem menos fez trocas, com oito novidades. Rússia, com 13, e Portugal, com 12, têm os elencos mais modificados.

A média de substituições, no entanto, é um pouco inferior à registrada para a disputa europeia de 2012, quando as seleções mudaram aproximadamente 45% dos jogadores em relação à Copa realizada na África do Sul.

Se entre os alemães os novatos devem ser coadjuvantes, o mesmo não se pode dizer de Inglaterra e França.

Os atacantes Harry Kane e Jamie Vardy, artilheiro e vice do último Campeonato Inglês, são esperanças de gol do técnico Roy Hodgson.

Na seleção francesa, Dimitry Payet, após uma boa temporada pelo inglês West Ham, deve reforçar o setor ofensivo, que também conta com os remanescentes da Copa do Mundo Olivier Giroud e Antoine Griezmann.

Os jovens Kingsley Coman, 19, e Anthony Martial, 20, são outras opções para o ataque da seleção dona da casa.

Ausências da Euro