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    Eurocopa

    Com 3% da população do país no estádio, Islândia faz história na Euro

    DE SÃO PAULO

    23/06/2016 02h00

    Karl Árnason resumiu com uma frase o sentimento do elenco da Islândia após a histórica classificação para as oitavas de final da Euro:

    "É como se na arquibancada estivessem nossos familiares. Aposto que reconheço metade dos rostos ali", disse o zagueiro de 33 anos, que joga no Malmoe, da Suécia. Ele foi considerado pela Uefa o melhor em campo na vitória por 2 a 1 sobre a Áustria, nesta quarta (22), no Stade de France, em Saint-Denis.

    Árnason, na emoção, pode ter exagerado ao falar que reconheceria metade dos rostos. Mas os 10 mil islandeses que viram no estádio seu país vencer um jogo da Eurocopa pela primeira vez, e avançar em segundo do Grupo F, à frente de Portugal, representam pouco mais de 3% dos 320 mil habitantes da Islândia, um pequeno país formado por um conjunto de ilhas no Oceano Atlântico Norte.

    Onde Fica Islândia

    É o menor país na história da competição a avançar para a segunda fase.

    "Para uma pequena nação como a nossa, ter dez mil pessoas aqui é algo incrível", afirmou Árnasson.

    Incrível mesmo foi como a classificação foi confirmada, com um gol aos 49 minutos do segundo tempo, marcado pelo meia Traustason, do Rapid Viena, ironicamente um time austríaco.

    O tento nasceu de um contra-ataque possível apenas porque a Áustria precisava do segundo gol. O 1 a 1 garantiria a Islândia na outra fase também, mas como uma das melhores terceiras.

    O adversário seria outro, a Croácia, o time mais elogiado por especialistas na primeira fase. O confronto agora não será, porém, menos complicado: na segunda (27), em Nice, contra a Inglaterra.

    INEDITISMO

    A Islândia nunca participou de uma Copa do Mundo —chegou perto de vir ao Brasil em 2014, mas parou na repescagem das eliminatórias, diante da Croácia.

    Também nunca havia disputado uma Eurocopa, e se classificou para a França-2016 graças ao aumento do número de participantes, de 16 para 24, iniciativa do ex-presidente da Uefa, Michel Platini, que buscava apoio para sua campanha à presidência da Fifa (hoje, acusado de corrupção, está suspenso do futebol).

    A equipe está invicta, já que empatou com Portugal e Hungria por 1 a 1. O elenco tem atletas que atuam em países como Alemanha, Itália, França e Inglaterra, mas não em clubes grandes. E a Islândia tem dois treinadores, algo relativamente comum em países nórdicos. "A Inglaterra é favorita, claro. Mas esperamos colocar alguns questionamentos na cabeça deles", disse Lars Lagerbäck, um dos técnicos.

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