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    Como jogador corintiano, Cristóvão foi moderno e decisivo em clássico

    MATEUS SILVA ALVES
    DE SÃO PAULO

    25/06/2016 02h00

    Que Cristóvão Borges já vestiu a camisa do Corinthians, a esta altura todo mundo já sabe. Mas pouca gente deve se lembrar de detalhes da passagem do técnico como jogador do clube alvinegro, entre 1986 e 1987.

    Em pouco menos de um ano como atleta corintiano, Cristóvão mostrou-se um meia dinâmico, do tipo que ataca e defende com a mesma eficiência. Um jogador "moderno", por assim dizer. E que viveu seu momento mais importante no clube ao decidir um clássico contra o maior rival do Corinthians.

    O baiano de Salvador chegou ao Parque São Jorge no início de 1986, vindo do Atlético-PR. Sua passagem não foi das mais brilhantes, tanto que ele foi embora 11 meses depois, sem títulos e com números medianos: 13 gols em 58 partidas. Mas quem jogou com ele guarda na memória a lembrança de um meia de alta classe.

    "O Cristóvão era um jogador de toques curtos e muita movimentação", recorda Wilson Mano, volante do Corinthians nos anos 80. "Como ele tinha um preparo físico muito bom, corria o campo todo. Estava sempre participando da partida e sempre aparecia na área para tentar fazer o gol."

    A facilidade para cobrir o campo todo e entrar na área adversária também é destacada por outro volante que fez parceria com Cristóvão no meio-campo corintiano, Márcio Bittencourt.

    "Ele era habilidoso, sabia jogar. Também ajudava na marcação, mas tinha muita facilidade para ir ao ataque."

    Segundo Márcio, ídolo da torcida alvinegra entre os anos 80 e 90, Cristóvão deu o azar de chegar ao Corinthians em um momento ruim. O clube havia acabado de desfazer o milionário —e fracassado— time que montara em 1985, com nomes como Serginho, De León e Dunga, e vivia um período de entressafra.

    Sem títulos, a maior glória de Cristóvão com a camisa alvinegra deu-se na semifinal do Paulista de 1986. Em um Morumbi lotado, ele saiu do banco de reservas para fazer o gol da vitória por 1 a 0.

    Para sua infelicidade, no segundo jogo, o Palmeiras venceu por 3 a 0 e foi à final.

    "O Palmeiras tinha um grande time, cheio de estrelas, e o Corinthians vivia um momento de transição", lembra Márcio.

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