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    Após vice, presidente da federação argentina renuncia, diz jornal

    DE SÃO PAULO

    27/06/2016 16h35

    O presidente da AFA (Associação Argentina de Futebol), Luis Segura, renunciou ao cargo nesta segunda-feira (27), um dia depois de a seleção do seu país perder para o Chile e ficar com o vice-campeonato da Copa América Centenário.

    A informação é do jornal argentino "Clarín".

    Segura, que comandou por anos o Argentinos Juniors, clube conhecido por ter revelado o craque Diego Maradona, estava no comando da entidade desde 2014, quando substituiu Julio Humberto Grondona, grande chefe do futebol argentino entre 1979 e 2014.

    Grondona, que morreu em 2014, estava envolvido, segundo acusação do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, no caso de recebimento de propinas que levou dezenas de cartolas sul-americanos à prisão, a partir de maio de 2015.

    A situação do futebol argentino fora de campo não é nada boa. Na última sexta (24), a Fifa anunciou uma intervenção na AFA e a criação de uma comissão, que terá até sete membros, para comandar a associação e convocar uma eleição até junho de 2017.

    A Fifa explicou que tomou a atitude porque identificou problemas nas contas da sua filiada em contratos fechados com o governo local para a transmissão de jogos do Campeonato Argentino e outros projetos –pode ter acontecido desvio de dinheiro público.

    No mesmo dia, porém, a juíza María Servini de Cubría notificou a AFA de que não é necessário seguir a ordem da Fifa e que a Justiça tentará um acordo entre a associação e o governo, que no fim de maio também tentou intervir na entidade alegando problemas administrativos e financeiros.

    O novo governo argentino, de Mauricio Macri, que já presidiu o Boca Juniors, time mais popular do país, e assumiu o país em dezembro de 2015, disse também ter encontrado problemas nos contratos entre a AFA e o governo, fechados na gestão anterior de Cristina Kirchner.

    O problema é que a Fifa não aceita intervenção governamental em suas associações, como pretende fazer Macri, por isso acionou seu novo Comitê Executivo, chamado de Conselho, para a criação da comissão que tomaria conta da AFA.

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