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    Máfia dos Resultados

    Chefe da máfia de resultados ainda não foi encontrado pela polícia

    GUILHERME SETO
    LUIZ COSENZO
    DE SÃO PAULO

    07/07/2016 16h28

    Guilherme Seto/Folhapress
    Anderson Silva Rodrigues
    Organograma da operação Game Over apresentado pelo DHPP

    Anderson Silva Rodrigues, chefe da máfia de resultados no Brasil ainda não foi encontrado pela Polícia Civil. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (7) pelo delegado Mário Sérgio Pinto, que deu detalhes sobre a operação denominada "Game Over".

    A operação aconteceu nas cidades paulistas de São José do Rio Preto, Bauru, Sorocaba, além da capital. Ocorre também em cidades do Rio, Rio Grande do Norte e Ceará.

    Na quarta-feira, a Polícia Civil expediu dez mandados de prisão temporária para suspeitos de participarem de esquema internacional de manipulação de resultados.

    Oito suspeitos foram presos, enquanto dois não foram encontrados, entre eles Anderson da Silva Rodrigues.

    Anderson, que entrou em contato com o presidente do América-SP, José Carlos Pereira Neto, se apresentou com o nome de Edmilson, de acordo com o mandatário do time de São José do Rio Preto, que prestou depoimento no TJD/SP (Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo).

    Pereira, que foi procurado pelo aliciador em julho de 2015, descreveu Anderson como "muito bem trajado, negro e de chapéu coco"
    .
    O aliciador teria dito, então, que trabalhava para um grupo asiático de apostas na internet e que estaria disposto a pagar R$ 160 mil para o América-SP perder por 4 a 0 para o Vocem, de Assis.

    Anderson, então, teria detalhado os requisitos: o América teria que perder de dois ou três gols de diferença, e todos eles teriam que ser marcados entre os 20 e os 25 minutos do primeiro tempo.

    Diante das recusas de Pereira, que, segundo o próprio, teria dito que "precisava da vitória para classificar", Anderson teria respondido que estava com uma "mala de euros no hotel".

    "Eu não sou tonto, eu ouvi, jamais ia me vender por 160 mil que era o que precisava para pagar minha folha, injetar. Tem até os minutos que vai sair o gol, segundos, tantos do primeiro tempo, tem muita informação", declarou Pereira ao TJD/SP.

    Na declaração ao órgão, Pereira se referiu a todo tempo ao suposto aliciador como Edmilson. Diante da foto da pessoa, ele foi informado de que o verdadeiro nome daquele que ele reconheceu era Anderson.

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