O presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, afirmou nesta terça (12), que sentirá falta de Ganso, que está próximo de deixar o clube para jogar no Sevilla.

"Sentirei muita falta de ver aquela figura maravilhosa, de uma técnica incomum com nossa camisa dez. A gente é obrigado a aceitar algumas coisas, e essa é uma delas", disse o dirigente, em tom de despedida.

Leco deu a entender que o ciclo do jogador está se encerrando, mas afirmou esperar que o meia ainda jogue pelo time tricolor em uma eventual final de Libertadores, caso o time reverta a vantagem de 2 a 0 do Atlético Nacional (COL) na partida desta quarta (13), em Medellín.

"É mais o desejo dele, e aí não tem o que fazer. Reter um jogador contrariado é contraproducente. Espero que ele ainda jogue a final da Libertadores", afirmou.

"Se dependesse do meu desejo, a chance dele ficar é mil. Mas infelizmente a vida tem uma dinâmica e temos que respeitar a evolução a aspiração de alguém, o desejo dele. E ele já manifestou o desejo expressamente de se transferir para o Sevilla porque entende que é um momento importante para quem tem 26 anos".

O presidente não falou em valores, mas o Sevilla já apresentou duas propostas ao São Paulo: uma de 7 milhões de euros (R$ 25,5 mi), e outra de 8 milhões de euros (R$ 29,2 mi). Apesar do interesse do meia, o São Paulo não havia aceitado os valores.

Nesta terça (12), porém, o diretor esportivo do Sevilla (ESP), Ramón Rodríguez 'Monchi', já havia afirmado estar otimista em relação à contratação de Ganso. O meia foi um pedido do novo técnico do clube espanhol, o argentino Jorge Sampaoli.

Segundo 'Monchi', as contratações do clube nesta janela são para adaptar a equipe, campeã da última Liga Europa, ao estilo do treinador.

"Se já viram as equipes de Sampaoli jogar, a posse de bola é fundamental. Não há um esquema básico. O treinador tem várias ideias quanto à distribuição tática, mas sempre mantendo a bola. Eu tenho que me adaptar aos jogadores que ele exige".

Ganso tem contrato até setembro de 2017, e o São Paulo ainda tentava sua renovação. Apenas 32% de seus direitos econômicos pertencem ao clube. O restante é da DIS, braço esportivo do Sonda.