Ganso vai jogar no Sevilla na próxima temporada por causa de um acordo feito na tarde de sexta-feira que dribla uma norma da Fifa. O grupo Dis aceitou abrir mão dos 68% a que tinha direito no contrato e receber o mesmo valor do São Paulo pela transferência. A condição foi permanecer com 20% do novo contrato de Ganso na Espanha.

O detalhe é que desde 2014 a Fifa proíbe a participação de fundos de investimento, como o Dis, com porcentagens de contratos de jogadores. Quando Ganso foi contratado pelo São Paulo em 2012, era condição avalizada pela Fifa dar 68% para terceiros. O novo contrato terá de driblar a regulamentação.

O São Paulo receberá 4,5 milhões de euros, mesma quantia do grupo Dis, mantido pela rede de supermercados Sonda. No início da semana, o que atrasava o negócio era a exigência do São Paulo de receber 5 milhões de euros à vista. O Sevilla oferecia 10 milhões de euros, mas o Sonda não aceitava ficar com menos dinheiro do que o clube brasileiro.

Há dois dias, o dono da rede de supermercados Sonda, que mantém o fundo de investimentos, Delcir Sonda, decidiu entrar no negócio, substituindo seu representante, o diretor-executivo do Dis, Roberto Moreno. Com Delcir, foi mais fácil negociar a perda de um pedaço dos direitos a que o fundo teria direito.

A contrapartida foi o Sevilla manter 20% do contrato sob controle do Dis.

A outra condição que travava o negócio também foi solucionada. O São Paulo queria sua parte à vista. O time espanhol pagará metade no ato da compra e o restante em um ano. A contratação de Ganso pelo Sevilla ainda não é oficial, mas o anúncio deve acontecer até segunda-feira.