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    Campeonato Brasileiro 2016 - Série A

    Em adeus, Bauza usa saídas de Ganso e Calleri para justificar má fase

    ADRIANO MANEO
    DE SÃO PAULO

    04/08/2016 23h04

    Não foi só pelo resultado adverso em sua última partida pelo São Paulo, contra o Atlético-MG, nesta quinta (4) que o treinador Edgardo Bauza se lamentou, antes de assumir a seleção argentina. O São Paulo perdeu por 2 a 1.

    Segundo o treinador, a falta de vitórias do time tricolor tem um motivo principal: as saídas de Calleri e Ganso.

    "Se foram Ganso e Calleri. Entre os dois, quantos gols fizeram?", questionou o treinador.

    "Se foram, pela razão que seja, mas também se foram os suplentes Kardec e Rogério. Chegou Ytalo, que lamentavelmente teve uma lesão e vai ficar seis meses fora", completou.

    Calleri e Ganso são os artilheiros da equipe na temporada, com 21 gols no total. O argentino tem 16, e o meia, que se foi para o Sevilla (ESP), marcou sete. Ganso também é o líder de assistências com sete passes para gol. Calleri fez três.

    "Esses jogadores foram fundamentais na campanha que tivemos. Não poder contar com eles nos prejudicou na efetividade. Se tivéssemos um pouco mais de efetividade hoje, acho que não teríamos perdido", afirmou Bauza.

    O treinador aproveitou sua última entrevista coletiva na equipe tricolor para criticar novamente o calendário brasileiro.

    "Do futebol brasileiro, o que posso dizer é que é um campeonato muito difícil, pela quantidade de jogos e pelo pouco tempo de recuperação, que submete os atletas a um intenso trabalho, muito difícil de sustentar durante todo o ano", reclamou. "Temos 48 jogos em seis meses, e podemos chegar a 80. É o único lugar do mundo onde isso acontece", completou.

    Segundo ele, porém, o tempo foi suficiente para dar ao São Paulo uma identidade novamente, ainda que sem títulos.

    "No início tivemos partidas boas e ruins, perdemos do The Strongest (BOL) [por 1 a 0 no Pacaembu, na primeira rodada da Libertadores], e parecia que era um caos. Eu me reunia com a diretoria e dizia que estávamos no caminho de formar uma equipe. E fomos melhorando. E com grande trabalho dos atletas, construímos uma identidade. A identidade que tivemos hoje. Perdemos, mas entregamos tudo em campo", analisou o treinador.

    Bauza também falou sobre o próximo treinador do São Paulo. A diretoria ainda não definiu quem será o substituto do argentino, mas segundo o treinador, a ideia é buscar alguém que aproveite a identidade que ele deu à equipe.

    "É muito difícil dizer quem tem que ser. O que ficamos de acordo é que tem que chegar um técnico que aproveite esses meses de trabalho e agregue o que queira. Mas o mais importante é isso: que aproveite essa identidade. A medida que agregar coisas, a equipe vai crescer", afirmou.

    O treinador aproveitou as últimas palavras como treinador do São Paulo para agradecer a torcida e a imprensa que acompanhou seu trabalho.

    "Aproveito esta coletiva para agradecer a toda a torcida, que, desde o princípio, me apoiou, sempre. Que voltou outra vez ao estadio, e começou a acreditar na equipe. E que tenham confiança de que a equipe vai crescer novamente. Foram sete meses que me serviram muito. Foram esses sete meses que me empurraram para que eu tenha a tremenda responsabilidade de assumir a seleção de meu país", finalizou o treinador.

    Bauza se apresenta à seleção argentina nesta sexta-feira (5).

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