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    João Havelange (1916 - 2016)

    Ex-jogadores chamam Havelange de 'líder' e 'referência'; veja repercussão

    DE SÃO PAULO

    16/08/2016 15h13 - Atualizado às 17h05

    Liderança e referência estão entre as palavras utilizadas por ex-jogadores para definirem João Havelange. Ex-presidente da Fifa e da CBD (antecessora da CBF), ele morreu nesta terça-feira (16) aos 100 anos, no Rio de Janeiro.

    Em uma rede social, o ex-jogador inglês Gary Lineker também comentou a morte do ex-presidente da Fifa, mas sem elogios: "O futebol deu muito a ele. Sim, você leu corretamente."

    Já o presidente do Vasco, Eurico Miranda, afirmou em uma nota que "o esporte brasileiro e mundial perde uma figura ímpar". Para o primeiro vice-presidente da Uefa, Ángel María Villar Llona, o "seu lugar na história está assegurado para sempre".

    Confira as manifestações.

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    Ángel María Villar Llona, primeiro vice-presidente da Uefa

    "Tendo servido o futebol durante mais de 40 anos, a nível nacional pela Confederação Brasileira de Futebol [CBF] e a nível global pela FIFA, o seu lugar na história do desporto está assegurado para sempre. O futebol agradece-lhe o trabalho que realizou ao longo da sua vida e da sua carreira."

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    Carlos Alberto Parreira, ex-técnico da seleção brasileira

    "Ele foi o dirigente mais icônico do futebol mundial. É só lembrar que ele foi três vezes campeão do mundo com a seleção. Esse legado é indiscutível. E a Fifa era um casebre, sem investimento. Com essa ideia de empresário que ele tinha, criou uma das maiores empresas do mundo, desenvolveu o futebol e o difundiu no mundo, o que é bom para a televisão, para os jornais, para o público. Ele pensava grande. Quando fomos em 1970 para o México, não tínhamos dinheiro para nada. Hoje, cada seleção que se classifica para a Copa ganha um bônus para fazer a preparação, passagens de ida e volta. Ele mudou o futebol."

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    Carlos Alberto Torres, ex-jogador da seleção

    "Eu diria que ele não só foi importante para futebol brasileiro, mas o futebol mundial. Depois da ascensão do João Havelange, o futebol começou a mudar. A entrada dele na Fifa deu um câmbio no futebol de forma extraordinária. Hoje, devemos agradecer a ele pela disputa de campeonatos mundiais, pela obrigatoriedade da construção de arenas para o evento. E, como pessoa, ele era um gentleman. Ele tratava todos com o mesmo carinho e educação. Para mim, que participei de várias fases do futebol, como jogador e depois como treinador, tivemos dois Pelés: um é o Edson Arantes e o outro, o João Havelange. O homem era brilhante na condução do futebol. E nunca me fez favor e nunca pedi nada a ele, estou falando pelo que vi. Administrativamente, ninguém pode negar o que ele fez na CBD e na Fifa."

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    Coutinho, 73, ex-jogador da seleção

    "Ele sempre foi muito importante, tanto para a CBD como para os jogadores. Ele foi uma grande pessoa, um amigo. Infelizmente, é uma grande perda."

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    Eurico Miranda, presidente do Vasco

    "João Havelange foi um amigo do Vasco. Por inúmeros serviços prestados recebeu o título de Grande Benemérito. Eu, pessoalmente, o considerava um amigo. O esporte brasileiro e mundial perde uma figura ímpar. O destino fez com que a sua partida coincidisse com a primeira Olimpíada na américa do sul, exatamente em seu país."

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    Gary Lineker, ex-jogador da seleção inglesa

    "João Havelange, o ex-presidente da Fifa morreu. O futebol deu muito a ele. Sim, você leu corretamente."

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    Leão, 67, ex-jogador da seleção

    "Eu o conheci entre 1969 e 1970, quando fui convocado pela primeira vez para a seleção. Eu era um adolescente e fui tratado por ele da melhor maneira possível. Percebi entre os jogadores mais velhos que quando ele chegava, o que não era comum, se tivesse algum, problema, a solução tinha chegado. Ele sempre nos ofertou como atleta tudo aquilo que poderia dar. Ele era uma referência mesmo. Depois de alcançar a Fifa, ele não mudou o comportamento em relação aos atletas. Ele me tratava de uma maneira muito cariosa, como um filho. Ele foi excepcional. Fazia muito tempo que eu não o via infelizmente, pois ele estava recluso."

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    Pepe, 81, ex-jogador do Santos e da seleção

    "Conheci o Havelange por meio de convocações da seleção brasileira. Ele foi um homem forte do futebol no Rio de Janeiro. Depois, como presidente da CBD, sempre foi uma figura de liderança. Eu o tenho como um grande dirigente, que sempre me tratou muito bem. Tanto na Copa de 1958 como na de 1962, ele tinha um comando muito bom. E a gente sentia que ele também era respeitado pelos dirigentes de outros países. É uma perda. O Havelange era um líder."

    Cronologia - Havelange

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