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    Federação busca parceiros para o Campeonato Paulista feminino

    GUILHERME SETO
    LUIZ COSENZO
    DE SÃO PAULO

    28/08/2016 02h00

    "Falta apoio da federação paulista. Ela quer apoiar, mas ao mesmo tempo não quer. O dia em que a prefeitura parar de apoiar, essas equipes vão acabar", diz Arismar Costa, coordenador do futebol feminino do Taubaté. Seu filho, Arismar Júnior, é o treinador do time do interior paulista.

    Nas equipes femininas de São Paulo, repetem-se as críticas à falta de apoio da FPF (Federação Paulista de Futebol) e, ao mesmo tempo, o otimismo com a criação do departamento feminino da entidade, em julho deste ano.

    A coordenadora escolhida pela gestão de Reinaldo Carneiro Bastos foi Aline Pellegrino, ex-capitã da seleção brasileira. À Folha, dirigentes dos clubes reclamaram da ausência de suporte financeiro, alegando que os times masculinos das várias divisões do Paulista recebem cotas de televisão, e da falta de empenho da entidade em divulgar as competições.

    "A federação precisa estudar uma maneira de promover o campeonato melhor. Precisa realizar um campeonato mais forte. Não adianta os times se estruturarem e não terem o apoio necessário", diz Douglas Onça, coordenador da Ferroviária.

    O Paulista feminino não cobra ingressos, pois a competição é amadora e a FPF diz querer "estimular os torcedores a ir aos estádios".

    Por outro lado, como não há receita com bilheteria ou patrocinadores, não há premiação em dinheiro para a equipe campeã -o Paulista masculino de 2016 pagou R$ 4 milhões ao Santos, vencedor do torneio, e R$ 1,5 milhão ao vice, o Audax.

    Segundo a FPF, Pellegrino tem recebido dirigentes e atletas para colher informações, identificar dificuldades e a necessidade de melhorias. O departamento busca parceiros para injetar dinheiro na competição.

    "Com a criação do novo departamento e a chegada da Aline Pellegrino, a federação vai concentrar esforços na prospecção de novos parceiros, investidores e patrocinadores. A federação trabalha para tornar a competição mais atraente para clubes e torcedores, aumentando visibilidade e retorno financeiro", explica à Folha a FPF.

    "A criação do departamento abre a oportunidade para um novo momento do futebol feminino, com a elaboração de categorias de base. Vamos organizar um campeonato de base para formar novas atletas, fazer com que as atletas possam disputar mais competições e que tenham um calendário mais amplo", acrescenta Pellegrino, adiantando um de seus projetos.

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