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    Copa do Mundo 2018

    Argentina vive volta de Messi na estreia do técnico Bauza

    DE SÃO PAULO

    01/09/2016 02h00 - Atualizado às 10h24 Erramos: esse conteúdo foi alterado

    Divulgação/AFA
    Messi faz sinal para torcedores após seleção argentina chegar em Mendoza, local do jogo contra o Uruguai
    Messi faz sinal para torcedores após seleção argentina chegar em Mendoza, local do jogo contra o Uruguai

    Pouco mais de dois meses após chorar e dizer que não jogaria mais pela seleção argentina, Messi estará em campo na estreia de Bauza nesta quinta-feira, às 20h30, contra o Uruguai.

    Entre o adeus em Nova Jersey (EUA), após a derrota na final da Copa América, e a volta em Mendoza, o atacante virou assunto predileto do país e ouviu até um apelo do presidente da República, Mauricio Macri.

    O período foi uma síntese da relação entre Messi, 29 anos, e a equipe bicampeã mundial. Enquanto brilhou e acumulou todas as conquistas desportivas possíveis com o Barcelona, o jogador, eleito cinco vezes melhor jogador do mundo, viveu entre expectativas não confirmadas, polêmicas e, sim, gols com a camisa azul e branca.

    Apesar da ausência de títulos com a seleção principal, é o maior artilheiro da história da equipe. Marcou 55 vezes, uma a mais que o ex-jogador Batistuta. Chegou ao feito na Copa América Centenário, que terminou como o possível fim da carreira do atacante na seleção argentina.

    "Se acabou a seleção para mim", afirmou após a segunda derrota seguida em finais para o Chile, que já havia vencido os argentinos na Copa América de 2015.

    A declaração gerou uma mobilização no país. O prefeito de Buenos Aires inaugurou uma estátua na cidade dias depois em homenagem ao craque. O presidente do pais o ligou para pedir de mudasse de ideia.

    "Tenho esperança de que não nos abandone porque é um presente de Deus ter o melhor jogador do mundo", disse Macri.

    Messi voltou atrás após uma conversa com o novo chefe. O ex-técnico do São Paulo Edgardo Bauza assumiu a seleção com a missão de levar a Argentina a um titulo que não vence há mais de duas décadas. Antes disso, teve como primeira tarefa convencer o craque a aceitar sua convocação.

    Os dois estiveram juntos em Barcelona e Messi desistiu da aposentadoria.

    "Vi em seus olhos um jogador de futebol", disse Bauza, em entrevista ao jornal Clarín, da Argentina.

    "É um desafio muito grande porque não há que explicar a ele o que fazer com a bola. A melhora no seu rendimento tem a ver com o funcionamento da equipe e isso não depende só de mim, mas de todos", afirmou o técnico.

    Em 11 anos na seleção, Messi terá o seu sétimo técnico. Da estreia com a camisa 18 até assumir a 10 de Maradona, virar capitão e depois deixar de ser, ele mudou de função, foi criticado no país e defendido pelos treinadores.

    Com Maradona jogou como no Barcelona de Guardiola, recuado e entrando na área com a bola nos pés. Depois, atuou pela direita e, segundo Bauza, até como "falso nove" no último ano.

    O ex-são-paulino já disse que pretende mudar a posição do seu maior astro. Quer um Messi saindo do meio campo, longe dos zagueiros e livre para chegar na área com a bola nos pés.

    Onde vai atuar é um problema para Bauza. O que Messi quer mesmo é chegar onde ainda não esteve, na história como campeão pela seleção argentina.

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