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    Campeonato Brasileiro 2016 - Série A

    Pena para torcida organizada afeta sócios-torcedores do Palmeiras

    EDUARDO RODRIGUES
    DE SÃO PAULO

    14/09/2016 02h00

    Condenado pela briga entre torcedores no jogo contra o Flamengo no estádio Mané Garrincha, pelo primeiro turno do Brasileiro, o Palmeiras cumprirá nesta quarta (14), contra o mesmo adversário, a primeira partida da punição imposta pelo STJD.

    Pela decisão, considerada inédita, o Palmeiras se viu obrigado a fechar o setor Gol Norte do Allianz Parque (com capacidade para cerca de 7.000 pessoas) por cinco jogos. Os cariocas ficarão sem vender 20% dos ingressos de seus próximos três jogos como mandante.

    A medida foi tomada para penalizar as torcidas organizadas, envolvidas na confusão em Brasília e que geralmente assistem às partidas no local. Porém, também prejudicou torcedores comuns.

    Os associados do Avanti, programa de sócio-torcedor do Palmeiras, têm a possibilidade de escolher diversos planos. Um deles é o "Ouro", que dá ao torcedor o direito de gratuidade no setor em questão em qualquer partida.

    "Eu pago R$ 110 de mensalidade justamente para aproveitar o Gol Norte. Agora com isso que aconteceu, eu vou pagar no mínimo R$ 150. E, como todo mundo sabe, a organizada vai continuar indo", disse C., 39, analista financeiro associado ao plano e que prefere não se identificar, para não sofrer represálias das uniformizadas.

    O Palmeiras não liberou gratuidade em outros locais do estádio, mas divulgou nota aos associados em que afirma que considera a punição "injusta".

    "Por causa de meia dúzia que brigaram em Brasília, milhares de sócios acabaram prejudicados", critica o torcedor e jornalista Marcelo Abdalla, 28.

    Já o estudante Rômulo Araújo acredita que a punição é uma perseguição aos organizados palmeirenses.

    "Eu acho que isso é uma perseguição à torcida organizada. O mais certo seria interditar o estádio por um ou dois jogos, mas não fazer o que fizeram", afirmou o estudante Rômulo Araújo.

    Os sócios não pretendem entrar com ação judicial.

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