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    Portuguesa perde para Tombense e cai para a quarta divisão do Brasileiro

    RAPHAEL HERNANDES
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE SÃO PAULO

    18/09/2016 18h15 - Atualizado às 02h00

    Mal dentro de campo, em crise fora dele e, agora, na Série D. A Portuguesa perdeu por 2 a 0 para o Tombense fora de casa, neste domingo (18), e foi rebaixada para a quarta divisão do Brasileiro.

    O clube, vice-campeão nacional em 1996, vinha de um histórico de oscilação entre as séries A e B desde o início dos anos 2000 e, nesta tarde, mergulhou em seu quarto rebaixamento em três anos.

    Em 2013, caiu para a segunda divisão depois de ser punido com a perda de quatro pontos pela escalação irregular do meia Héverton na última rodada do Nacional.

    Nos anos seguintes, mais rebaixamentos: para a Série C do Brasileiro em 2014 e para a A2 do Paulista em 2015.

    Antonio Cicero/Folhapress
    Torcedores da portuguesa durante partida entre Portuguesa x Boa Esporte, jogo valido pela Série C
    Torcedores da portuguesa durante partida entre Portuguesa x Boa Esporte, jogo valido pela Série C

    Antes da partida contra o Tombense, as chances lusitanas já não eram favoráveis. Precisava vencer e secar o Macaé contra o Botafogo-SP.

    O time do Rio empatou. Com isso, uma vitória bastaria ao rubro-verde para impedir a nova queda. Ela não veio e o time viu o descenso.

    "[A Portuguesa] não pode continuar brincando como se fosse aquele time de 20 anos atrás", disse à Folha o conselheiro do clube Leandro Teixeira Duarte."Por mais que alguns digam que não foi merecido por toda a história que tem, a Portuguesa montou um time tão ruim que a única coisa que merecia era cair", complementou.

    A reportagem tentou contato com a presidência do clube, mas não obteve resposta.

    Mesmo com a vitória, o Tombense ficou na quinta posição do Grupo B da terceira divisão. Fora, portanto, fora da zona de classificação para a próxima fase da competição.

    CRISE

    A Portuguesa vive uma crise financeira que começou com uma ação judicial em 2002, do ex-jogador Tiago Moraes Barcellos. Ele cobrava cerca de R$ 5 milhões. Após acordo, o clube quitou só metade do combinado e o jogador procurou a Justiça.

    O processo inicial virou uma bola de neve. Hoje, inclui mais sete atletas que passaram pelo time, dívidas com a prefeitura e de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).

    O clube tem cerca de R$ 250 milhões em débitos e, por decisão judicial, parte do Canindé deve ir a leilão em novembro para quitar a dívida.

    Na quinta (15), o presidente do time, José Luiz Ferreira de Almeida, afirmou que tentará impedir a venda e citou negociações com investidores como alternativa.

    Desde abril à frente do clube, ele precisou aliviar uma folha salarial de aproximadamente R$ 150 mil. Reformulou a equipe e conseguiu cortar o gasto com salários pela metade, mas o elenco decaiu.

    Almeida não deve ser o presidente do clube na disputa da Série D em 2017.

    Seu mandato se encerra na primeira quinzena de dezembro e ele já afirmou que não pretende tentar a reeleição.

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