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    Correios cobram esclarecimento e podem suspender patrocínio à CBDA

    PAULO ROBERTO CONDE
    DE SÃO PAULO

    23/09/2016 14h51

    Patricia Stavis/Folhapress
    SÃO PAULO, SP, BRASIL, 02-07-2010: Coaracy Nunes Filho, da Confederação de Desportos Aquáticos, durante o evento "Prêmio Empresário Amigo do Esporte", no Clube Pinheiros, em São Paulo (SP). (Foto: Patricia Stavis/Folhapress, 1538, ILUSTRADA)
    Coaracy, da Confederação de Desportos Aquáticos, durante evento no Clube Pinheiros, em São Paulo

    Com base em cláusula contratual, os Correios podem suspender o acordo que têm com a CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), que foi alvo de investigação do Ministério Público Federal em São Paulo. A procuradoria pediu o afastamento e bloqueio de bens de integrantes da cúpula da entidade.

    À Folha, a assessoria de imprensa da estatal afirmou que há "hipóteses previstas em contrato" que dispõem sobre "envolvimento ou participação da CBDA, seus dirigentes ou representantes em atos não condizentes com a postura desportiva ou que tragam prejuízo à imagem institucional dos Correios".

    Os Correios também disseram ter solicitado à CBDA acesso à denúncia do MPF. Além disso, eles cobraram "esclarecimento sobre o assunto".

    Casos de suspensão ou rescisão contratual só podem ocorrer após procedimentos em que se comprovem os fatos apontados. Neste caso, se houver decisão judicial que acate a petição do MPF.

    A confederação é patrocinada pela empresa desde 1991, em um dos duradouros acordos de apoio do esporte olímpico brasileiro.

    Apenas para o ciclo olímpico Londres-Rio, a estatal despejou R$ 95 milhões nos cofres da entidade esportiva, que regula cinco modalidades (natação, nado sincronizado, saltos ornamentais, maratona aquática e polo aquático).

    Os contratos são bienais, por exemplo, 2012/2014 e 2014/2016 –a cada dois anos, cerca de R$ 2 milhões são liberados mensalmente.

    O atual contrato se encerra no mês de novembro. "Possível renovação está em fase de análise na empresa. Ainda não temos definições neste momento", disse a empresa.

    Os Correios passam por severa crise financeira após ter prejuízo de R$ 2,1 bilhões em 2015. Neste ano, cortaram parte do repasse que fariam à CBDA, à CBT (Confederação Brasileira de Tênis) e à CBHb (Confederação Brasileira de Handebol).

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