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    Após 48 anos, atletas que protestaram nos Jogos vão a evento de comitê

    DA ASSOCIATED PRESS

    28/09/2016 22h46

    Sait Serkan Gurbuz/Associated Press
    John Carlos, left, and Tommie Smith smile during an event in Washington on Wednesday, Sept. 28, 2016. Carlos and Smith voiced their support for Colin Kaepernick and other athletes staging national anthem protests, 48 years after they raised their gloved fists on the podium in a symbolic protest at the Olympics. (AP Photo/Sait Serkan Gurbuz) ORG XMIT: DCSG102
    John Carlos, à esquerda, e Tommie Smith durante evento do Comitê Olímpico dos EUA

    Os ex-atletas olímpicos Tommie Smith e John Carlos participaram nesta quarta-feira (28) de um evento do Comitê Olímpico dos EUA pela primeira vez desde que foram excluídos dos Jogos Olímpicos do México, em 1968, por fazerem um protesto contra a segregação racial no seu país.

    O gesto de levantar o punho vestido com uma luva preta durante a execução do hino americano no pódio da prova de 200 m rasos ficou marcado como um dos mais contundentes protestos políticos na história dos Jogos.

    "Nós nunca escondemos no que acreditávamos. Nos levantamos pela humanidade. Ao mesmo tempo, eles [o comitê olímpico americano] amaram o fato de termos tido coragem. É isso que precisamos no atletismo. Eles terem aberto as portas para nós e nos recebido de braços abertos é lindo. Não acho que poderia ser melhor", disse Carlos, medalha de bronze nos 200 m no México.

    Durante premiação a atletas olímpicos que disputaram os Jogos do Rio, os dois ex-velocistas defenderam o quarterback Colin Kaepernick, do San Francisco 49ers, que recentemente protestou contra a violência contra os negros nos EUA se ajoelhando durante a execução do hino antes do início das partidas de futebol americano. O protesto gerou polêmica nos EUA.

    "Não odeiem o menino porque ele se posicionou pedindo que as coisas mudem", afirmou Smith, que ficou com a medalha de ouro e estabeleceu o recorde mundial nos 200 m nos Jogos de 1968.

    "Protestar é uma coisa boa, porque você está tentando expor alguma coisa", disse Carlos. "Em qualquer protesto, você quer que a sua mensagem seja transmitida para os quatro cantos do mundo. A melhor forma de fazer isso é pelo esporte", completou.

    Nos últimos dias, vários atletas seguiram o exemplo de Kaepernick e passaram a protestar na mesma situação. Alguns levantaram seus punhos, como Smith e Carlos.

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