A sequência de jogos da seleção nas eliminatórias no Nordeste -quatro dos cinco disputados foram na região- faz parte da estratégia do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, de agradar os seus aliados.

A escolha por Natal é uma retribuição do cartola ao presidente da Federação Norte-Rio-Grandense de Futebol, José Vanildo. Mesmo após a crise deflagrada pela operação do FBI, que prendeu mais de uma dezenas de empresários e dirigentes no ano passado, o potiguar sempre apoiou Del Nero.

Em 2013, Vanildo também fez parte da comissão que aprovou a compra do novo prédio da CBF, investigado pelos senadores da CPI do Futebol por suspeita de superfaturamento.

"Não acho que é um agrado. Depois da Copa do Mundo, o nosso Estado ficou com um equipamento de alto nível. Por isso, não vejo motivo para a seleção não jogar aqui", afirmou Vanildo, que também é o chefe da delegação até o jogo contra a Venezuela, na terça (11), em Mérida.

Desde que foi denunciado pelo FBI por receber propina na venda de direitos de competições, Del Nero tenta agradar os presidentes de federações para evitar uma crise interna.

A partida em Natal será a nona da equipe na região na história do torneio.

"A torcida sempre mostra um carinho grande quando jogamos aqui. É legal sentir isso. Agora, temos que nos preparar para vencer bem", afirmou o volante Fernandinho, do Manchester City.

A primeira e única vez que a seleção jogou na capital potiguar foi em 1982. Na ocasião, a equipe comandada por Telê Santana venceu a Alemanha Oriental, por 3 a 1, no antigo estádio Machadão, derrubado para a construção da Arena das Dunas.

Depois da partida desta quinta, a seleção vai migrar para o Sudeste. No próximo mês, o time fará o clássico contra a Argentina, no Mineirão.