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    Campeonato Brasileiro 2016 - Série A

    'O dinheiro não fala mais alto nas minhas decisões', afirma Diego

    EDUARDO RODRIGUES
    LUIZ COSENZO
    DE SÃO PAULO

    09/10/2016 02h00

    Daniel Vorley/AGIF/Folhapress/Folhapress
    SÃO PAULO (SP), 18.09.2016 - FLAMENGO x FIGUEIRENSE: Diego comemora gol - Partida entre Flamengo x Figueirense, válida pelo Campeonato Brasileiro 2016, no estádio do Pacaembu. Foto: Daniel Vorley/AGIF/Folhapress
    Diego comemora gol em partida entre Flamengo e Figueirense, no Pacaembu

    Após 12 anos na Europa com passagens por Portugal, Alemanha, Itália, Espanha e Turquia, o meia Diego, 31, afirma que o dinheiro não é mais o que define suas prioridades na carreira.

    Em entrevista à Folha, o jogador contratado em julho pelo Flamengo disse que chegou a receber propostas do futebol europeu, mas que optou pelo Brasil por se sentir mais motivado no país.

    Seu desejo agora é voltar à seleção, mas afirma que respeita "o momento que essa seleção vive". O time de Tite vem de três vitórias seguidas.

    *

    Folha - Você teve outras oportunidades de retornar ao Brasil, mas não o fez. O que pesou para voltar agora?

    Diego - Primeiro o interesse de jogar pelo Flamengo. Não foi a primeira vez [que o clube o procurou], mas dessa vez a abordagem foi diferente, as coisas fluíram de uma forma mais natural.

    Você ainda tem 31 anos e teria mercado na Europa. Por que a decisão de retornar ao Brasil?

    Tiveram algumas propostas de equipes europeias, mas nada que me motivasse. Claro que o lado financeiro é importante, mas tão importante quanto ou mais, é esse lado motivacional. Nenhuma proposta dos clubes europeus ou asiáticos, me fizeram decidir seguir outro caminho.

    Quais diferenças você notou no futebol brasileiro da sua época de Santos para agora?

    Eu percebo as equipes bem melhor estruturadas do que antes. Continua equilibrado, talvez agora um pouco mais do que antes no Campeonato Brasileiro. As equipes já conseguem se reforçar melhor do que antes. Além disso, grande parte dos estádios estão em excelente condições e isso na minha época não tinha.

    Você acredita que tem uma vaga no time de Tite? É sua vontade retornar à seleção?

    Eu sonho sim com esse retorno, principalmente depois de viver tantos bons momentos na seleção brasileira, títulos [foi campeão da Copa América em 2004 e 2007], muitas convocações. Mas eu procuro respeitar muito o momento que essa seleção vive. Eu acho que o Tite assumiu de forma convincente o comando da seleção. O que cabe a nós jogadores é realmente sonhar, se motivar com esse sonho e jogar.

    Você considera que está realizado financeiramente?

    Sim. Comecei com 16 anos no profissional, hoje estou com 31. Tenho uma condição boa. O dinheiro não fala mais alto nas minhas decisões. Eu também não vou ser hipócrita de dizer que eu não penso em fazer bons contratos. É uma consequência, mas não é uma prioridade.

    *Hoje o Flamengo tem três pontos de desvantagem para o líder Palmeiras. Como vocês enxergam essa diferença? *

    Nós temos procurado nos concentrar nos nossos jogos, naquilo que nós podemos fazer. Não viver em função do que o Palmeiras faz, os resultados que eles conquistam a cada jogo. Acho que é um trabalho que vem sendo feito há alguns anos e todos nós estamos colhendo o fruto desse trabalho.

    Como é a sua relação com o técnico Zé Ricardo? Como você o vê em um futuro recente?

    Minha relação como o Zé é excelente desde o dia que eu cheguei. Ele é um cara muito comunicativo, inteligente, se expressa muito bem e isso facilita muito o relacionamento. Para mim, ele já é uma realidade como treinador, e tem um futuro promissor. Vai ser um treinador que vai fazer história no futebol.

    Quais são seus planos futuros?

    Eu não penso em aposentadoria. Até onde eu me sentir bem fisicamente, me sentir feliz e motivado para treinar e jogar, eu pretendo continuar.

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