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    Arquiteto do Itaquerão cobra o Corinthians na Justiça

    CAMILA MATTOSO
    DE BRASÍLIA

    10/10/2016 02h00

    Julia Chequer/Folhapress
    SAO PAULO, SP, BRASIL, 02-08-2012: O arquiteto Anibal Coutinho fala em entrevista coletiva a respeito da iluminacao do estadio Itaquerao. (Foto: Julia Chequer/Folhapress) *** EXCLUSIVO AGORA *** EMBARGADA PARA VEICULOS ONLINE *** UOL E FOLHA.COM CONSULTAR FOTOGRAFIA DO AGORA *** FOLHAPRESS CONSULTAR FOTOGRAFIA AGORA *** FONES 3224 2169 * 3224 3342 ***
    Arquiteto Anibal Coutinho fala em coletiva de imprensa na Arena Corinthians

    O arquiteto da Arena Corinthians, Anibal Coutinho, acionou a Justiça contra o clube para cobrar uma parte do seu pagamento pelo projeto de construção do estádio que sediou a abertura da Copa do Mundo de 2014. O arquiteto pede cerca de R$ 11,1 milhões.

    Quase dois anos e meio após a inauguração, o autor do projeto da casa alvinegra ainda não recebeu o valor integral do contrato.

    Na ação de execução, movida pelo escritório Coutinho Diegues Cordeiro Arquitetos na Justiça do Rio de Janeiro, os advogados pedem a penhora de depósitos feitos pela Rede Globo ao clube, referentes a direitos de transmissão, caso as duas partes não entrem em um acordo.

    O escritório foi contratado pelo Corinthians para fazer o desenho arquitetônico do estádio. Os pagamentos eram feitos pela construtora Odebrecht, com quem Coutinho passou a ter uma série de problemas por não ver seu projeto finalizado.

    No início de 2015, em meio a uma complicada crise financeira, o então presidente do Corinthians Mario Gobbi, que estava nos últimos dias de seu mandato, tentava buscar recursos para acertar pagamentos atrasados aos jogadores, além de 13º e férias.

    A alternativa de recorrer ao arquiteto foi considerada uma boa solução para os dois lados. Coutinho, que tinha receio de não receber da Odebrecht, topou fazer a operação: recebeu o dinheiro e fez imediatamente um empréstimo ao Corinthians, com quem mantém boa relação e esperança maior em ser pago.

    O acordo foi de mútuo, modalidade que facilita a cobrança, apenas com ação de execução, como a atual.

    Por esse empréstimo, ficou acordado que os débitos com o escritório seriam quitados até 27 de julho de 2015. Porém, isso não foi cumprido.

    O valor repassado ao clube na época foi de pouco mais de R$ 7 milhões, mas o contrato previa incidência de juros de 0,8% ao mês, mais correção monetária baseada no índice do IGPM/FGV. Há ainda cobrança de multa pelo atraso, totalizando o valor de R$ 11,1 milhões.

    Anibal Coutinho ainda presta serviços na arena. Ele coordena trabalhos de auditoria para avaliar se todo o contrato com a Odebrecht foi devidamente cumprido.

    OUTRO LADO

    O departamento jurídico do Corinthians afirmou que ainda não foi citado e, portanto, não poderia se manifestar. O escritório de arquitetura, por sua vez, disse que já havia avisado ao clube que buscaria a Justiça. "Fomos compreensivos com a situação complicada do clube, mas a situação é difícil para todos, inclusive para nós", completou, em nota.

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