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    Odebrecht admite reparos em arena, mas nega risco de deslizamento

    PAULO PASSOS
    EDITOR-ADJUNTO DE "ESPORTE"

    02/11/2016 20h40

    A Odebrecht negou que haja risco de deslizamento em área externa da Arena Corinthians, em Itaquera. Na última terça-feira (1º), a Folha revelou que o clube teme que isso possa ocorrer em razão de vazamentos de água registrados no estacionamento do estádio entre o final de 2015 e o início deste ano.

    O presidente do clube, Roberto de Andrade, admitiu na terça temor sobre o caso.

    Procurada pela Folha na segunda-feira (31), antes da publicação da reportagem, a Odebrecht informou que não se pronunciaria sobre o assunto. Nesta quarta (2), o engenheiro Ricardo Corregio confirmou problemas registrados no estádio, mas afirmou não haver risco de ocorrer deslizamentos.

    A empreiteira disse que fez reparos no local desde que deixou a Arena Corinthians, em outubro de 2015.

    No ano passado, foi registrado um vazamento de mais de 10 milhões de litros de água no estádio. No início de 2016, houve um deslizamento de terra em área ao lado da arena e foi encontrado um buraco no piso da área externa do estacionamento leste.

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    Auditoria contratada pelo clube aponta que há relação entre o vazamento e os dois incidentes. O engenheiro da Odebrecht nega.

    "O que houve foram dois eventos: uma erosão em área externa e um buraco encontrado no solo. Eles ocorreram em razão das fortes chuvas registradas no período. Não há relação com o vazamento, que foi encontrado um ano antes e está a 200 metros de distância de onde aconteceram os incidentes", disse Corregio.

    Nos dois casos, a Odebrecht foi chamada. Para o reparo da erosão, foi acionado o seguro da arena, que, segundo o engenheiro, bancou a obra de R$ 600 mil.

    "Foi em decorrência de um fato sem previsão, tanto que a seguradora pagou", disse.

    Já o conserto do buraco do asfalto na área externa foi pago pela empreiteira, que contratou uma empresa terceirizada, com custo de R$ 250 mil. "Houve problema em um tubo, nada a ver com vazamento, e sim com escoamento da água da chuva", comentou o engenheiro.

    A Odebrecht confirmou que houve deslocamento de placas de granito das paredes do estádio. "Estão sendo avaliadas as reais causas, de modo a impedir novas ocorrências dessa natureza."

    Sobre a queda do forro na área interna do estádio, registrada em outubro de 2015, a empresa disse que "tomou todas as medidas necessárias para corrigir o fato e garantir o acesso dos torcedores ao local sem quaisquer riscos".

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