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    Hamilton vence GP Brasil e adia decisão com Nico Rosberg

    PAULO ROBERTO CONDE
    DE SÃO PAULO
    DANIEL MÉDICI
    SANDRO MACEDO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    13/11/2016 15h20 - Atualizado às 21h12

    O GP Brasil deste domingo (13), em São Paulo, misturou largadas e retomadas, emoções e definições do Mundial de F-1 de 2016.

    Disputada sob forte chuva em Interlagos, a prova teve vitória do inglês Lewis Hamilton, que chegou a 355 pontos e diminuiu para 12 a desvantagem de Nico Rosberg (367), e deixou a decisão do título para a etapa de Abu Dhabi, no próximo dia 27.

    Se Hamilton vencer nos Emirados Árabes, precisaria que o alemão chegasse no máximo na quarta posição para ser campeão mundial. Caso seja o segundo, Rosberg não poderia passar de sétimo.

    A vitória foi a primeira de Hamilton, tricampeão mundial, no circuito brasileiro. Com o 52º triunfo de sua carreira, ele deixou Alain Post para trás e se isolou como segundo maior vencedor de todos os tempos. Só o alemão Michael Schumacher (91) está à sua frente na história.

    O inglês se mostrou feliz por finalmente vencer em Interlagos e agradeceu.

    "Quero dizer muito obrigado a todos os fãs que vieram porque foi uma prova muito longa e eles ficaram aqui, mesmo com chuva", afirmou após a vitória.

    "Essa é uma corrida que eu tenho sonhado em vencer desde que era muito jovem."

    A corrida maluca em São Paulo também assistiu à redenção de Felipe Nasr, que pontuou pela primeira vez no ano, e ao adeus emocionado de Felipe Massa, que não completou as 71 voltas.

    A prova começou dez minutos mais tarde do que o previsto, às 14h10, com "safety car" à frente dos pilotos, devido à forte chuva que caía na região de Interlagos. Apenas na sétima volta os carros puderam, de fato, "largar". Na primeira parte da prova, carros se revezaram nos boxes para trocar os pneus de chuva para intermediários.

    A opção se revelou arriscada. Com compostos para menos chuva, Marcus Ericsson, companheiro de Nasr na Sauber, rodou na subida dos boxes e bateu no muro. Parado em frente à entrada do "pit lane", o "safety car" foi acionado novamente.

    Nem bem saiu, na volta 20, e a bandeira vermelha voltou a ser acionada. Kimi Raikkonen aquaplanou no meio da reta oposta e a corrida ficou parada por 35 minutos.

    Reiniciada sob bandeira amarela, a procissão durou apenas oito voltas (14 minutos) e os comissários decidiram dar outra bandeira vermelha de interrupção.

    A torcida protestou nas arquibancadas, mostrando os polegares para baixo, assim como Hamilton, que pedia a continuidade da prova.

    "A pista está boa", disse o piloto via rádio à equipe da Mercedes. "Isso é normal."

    Após mais 27 minutos de pausa, a disputa foi retomada, com todos os pilotos obrigados a usar pneus de chuva em seus carros.

    Paulo Whitaker/Reuters
    Com a bandeira do Brasil, Felipe Massa é cumprimentando pela equipe da Ferrari após deixar prova
    Com a bandeira do Brasil, Felipe Massa é cumprimentando pela equipe da Ferrari após deixar prova

    HOLANDÊS VOADOR

    Atrás das duas Mercedes, que desapareceram na frente, como de costume, o holandês Max Verstappen roubou a cena com uma pilotagem arrojada em Interlagos.

    A Red Bull errou ao chamar seu piloto para os boxes antes da chuva ficar mais intensa. O equívoco, curiosamente, fez com que Verstappen, 19, engatilhasse uma sequência de ultrapassagens improváveis que deixou o público boquiaberto.

    Uma de suas manobras foi exatamente sobre o líder do mundial, Rosberg, por fora na curva do Sol. "Quando cheguei à reta, vi ele apontando a 90 graus em direção ao muro e pensei 'mas como assim?'", rendeu-se o alemão.

    Após a última bandeira amarela, Verstappen superou um a um os concorrentes para conquistar o pódio. O desempenho foi elogiado pelo paddock e lhe rendeu o título de "piloto do dia" em votação popular no site da FIA.

    Apesar do espetáculo, o GP Brasil viu uma queda de público no total do fim de semana. Ao todo, 128,1 mil torcedores compareceram ao autódromo nos três dias, contra 136,4 mil em 2015.

    PNEUS

    Em temporadas passadas, provas com chuvas mais intensas do que a deste domingo não tiveram de ser paralisadas. O problema, na visão dos pilotos, está ligada à qualidade dos pneus de chuva, fabricados pela Pirelli.

    "Nós todos sabemos que os pneus não estão reagindo bem e aquaplanando, mas é uma questão que deve ser resolvida", comentou Rosberg.

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