Juan Mabromata - 6.ago.2016/AFP | ||
A ex-jogadora de basquete Hortência carrega a tocha olímpica durante a Rio-2016 |
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Esporte
Monday, 29-Apr-2024 12:47:47 -03'CBB estava parada, alguém precisava tomar uma atitude', diz Hortência
RAPHAEL HERNANDES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
LUIZ COSENZO
DE SÃO PAULO14/11/2016 18h33 - Atualizado às 18h45
Após suspensão da Fiba (Federação Internacional de Basquete) à CBB (Confederação Brasileira de Basquete), a medalhista olímpica Hortência afirmou na tarde desta segunda (14) que a situação da confederação brasileira é "horrível".
"A seleção não viaja por falta de dinheiro, pararam de organizar campeonatos nacionais por falta de dinheiro. A CBB está parada. Alguém tinha que tomar uma atitude. Quem tomou foi a Fiba", disse à Folha.
Para Lula Ferreira, ex-técnico da seleção brasileira de basquete, a Fiba "tem conhecimento de causa". "A confederação tem que ser administrada de maneira profissional".
"Espero que o basquete brasileiro tire uma lição", afirma Ferreira.
O ex-jogador Oscar Schmidt disse à Folha que não preferia não fazer avaliação sobre a CBB. "Às vezes penso que ninguém gosta de mim lá. Na Liga [Nacional de Basquete] gostam muito mais de mim". Apesar disso, Oscar disse não aprovar o trabalho realizado pela confederação. "Perderam a Olimpíada", exemplifica.
Mais cedo, o Comitê Executivo da Fiba afirmou que a confederação do Brasil precisa de reestruturação e que ela não cumpre suas obrigações com a federação.
A suspensão foi atribuída a problemas da CBB em seguir o estatuto internacional. Entre eles, a não participação em torneios internacionais juniores e 3x3, bem como não ter feito o pagamentos que devia à Fiba.
"Eles não têm controle total do basquete no país", diz nota da federação.
DÍVIDAS
Fiba suspende CBB Federação alega que confederação de basquete não cumpre suas obrigações Fiba alega falta de estrutura e controle e suspende basquete brasileiro Com suspensão à CBB, brasileiros ficarão fora da Liga das Américas A CBB é a confederação desportiva mais endividada do esporte olímpico nacional. Se quisesse quitá-lo, ela precisaria usar 71% de sua receita em 2015. Seus maiores credores são, hoje, bancos (Itaú e Bradesco, que, por sinal, a patrocina) e uma financeira. Do total da dívida, R$ 4 milhões dizem respeito a empréstimos e R$ 5 milhões, a antecipação de cotas de patrocínio e TV.
Desde que o atual presidente, Carlos Nunes, assumiu seu comando, em 2009, as dívidas da confederação saltaram de R$ 1,1 milhão (em valores corrigidos pelo IPCA-IBGE, base 2015) para R$ 17,2 milhões, de acordo com o balanço de 2015.
A situação falimentar da entidade tem prejudicado diretamente as seleções nacionais de várias categorias. As duas equipes adultas tiveram a presença nos Jogos do Rio posta em xeque depois que a CBB não honrou pagamento à Fiba (federação internacional) por um convite para o Mundial masculino da Espanha, em 2014 –a vaga não fora obtida na quadra.
Em 2015, a federação deu um ultimato à entidade brasileira, que foi socorrida pelo Bradesco e pela Nike, também sua patrocinadora, que bancaram cerca de R$ 2 milhões para garantir a presença dos times na Rio-2016. Rio-2016.
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