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    Rio de Janeiro

    Odebrecht e Rio-16 divergem sobre reparos no Maracanã

    LUCAS VETTORAZZO
    DO RIO

    15/11/2016 02h00

    A construtora Odebrecht, líder do consórcio que administra o Maracanã, alega que o comitê organizador da Rio-2016, responsável pelo estádio durante os Jogos, não cumpriu o prometido na hora de devolver a arena.

    Segundo a construtora, o comitê não fez obras de reparo no equipamento previstas antes da devolução ao consórcio. A administração do estádio foi cedida à entidade de março a outubro.

    A construtora enviou, nesta segunda-feira (14), ofício ao governo do Rio e à Rio-2016, onde elenca ao menos sete pontos em que o contrato teria sido desrespeitado.

    Procurado, o governo do Rio não se manifestou.

    Segundo a Odebrecht, a Rio-2016 não recolocou o mobiliário dos camarotes do estádio, assim como não teria realizado a retirada do cabeamento elétrico do estádio. Não teriam sido feitos também reparos na estrutura, danificada durante o uso na Olimpíada. A construtora alega ainda que não foi elaborada uma listagem de todas as intervenções, avarias e prejuízos no equipamento.

    A Rio-2016 afirma que falta fazer a pintura das paredes que foram danificadas, a fixação de papeleiras e saboneteiras de banheiro e a troca de luminárias de corredores que queimaram no período. Argumenta que nenhuma das intervenções compromete a operação do estádio.

    De acordo com a construtora, a Rio-2016 não pagou as despesas de utilização da área, como a conta de luz do período, por exemplo. O comitê afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que de fato ainda não quitou todos os débitos de luz, mas que já está negociando com a Light, que fornece o serviço no Rio.

    Também há alegação da construtora de que o comitê não respeitou os limites de peso suportados na cobertura do estádio, que podem ter sido danificados com a queima de fogos de artifício na abertura do evento. A Rio-2016 diz ter apresentado laudo que mostra que a cobertura não foi comprometida.

    A Odebrecht alega que só poderia reassumir o estádio se todos os reparos fossem feitos e se houvesse um laudo técnico indicando que as condições de recebimento do equipamento são as mesmas da entrega.

    "Temos uma obrigação contratual com a manutenção do estádio, principalmente nos itens que se referem à segurança do torcedor. Embora o governo tenha nos enviado uma correspondência para reassumir o estádio, estamos reiterando que o parágrafo 9 do Termo de Autorização de Uso exige uma vistoria e um laudo técnico. Nada disso aconteceu ainda", afirmou o presidente da concessionária Mauro Darzé.

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