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    Campeonato Brasileiro 2016 - Série A

    Com time 'mutável', filho de Jairzinho tem melhor desempenho do Brasileiro

    LUIZ COSENZO
    DE SÃO PAULO

    16/11/2016 02h00

    Vitor Silva/SSPress/Botafogo
    Jair Ventura orienta jogadores do Botafogo durante jogo contra o Cruzeiro, pela Copa do Brasil
    Jair Ventura orienta jogadores do Botafogo durante jogo contra o Cruzeiro, pela Copa do Brasil

    De quarto preparador físico a treinador com o melhor desempenho da atual edição do Brasileiro. Jair Ventura, 37, demorou oito anos para ganhar uma oportunidade no Botafogo e conseguiu bons resultados assim que assumiu a função.

    Filho do tricampeão mundial Jairzinho, que fez história no clube na década de 60, o técnico precisou de apenas três meses para colocar um time fadado ao rebaixamento próximo de disputar a Copa Libertadores-2017.

    A equipe pode se aproximar ainda mais da vaga caso vença a Chapecoense nesta quarta-feira (16), às 19h30.

    "Estou me preparando por onze anos para este momento que vivo hoje. Quando assumi o Botafogo nosso primeiro objetivo era não cair. Agora, o nosso objetivo é chegar o mais longe possível", diz Jair Ventura.

    Em 16 jogos no Brasileiro, o treinador tem 72,9% de aproveitamento –desempenho melhor que o líder Palmeiras, dirigido por Cuca, que possui 68,6%.

    "Nosso time é mutável. Gosto de estudar o adversário e buscamos uma estratégia a cada jogo. Por isso, altero a equipe de acordo com o adversário que vou enfrentar e coloco para jogar os jogadores quem estão melhor", afirma o técnico.

    Em 16 partidas, Jair Ventura jamais repetiu a mesma formação de um jogo para o outro, seja por suspensão, contusão ou alteração tática.

    Aproveitamento dos técnicos no Brasileirão -

    Sob a sombra do pai, o agora treinador tentou ser jogador de futebol, mas resolveu pendurar as chuteiras aos 26 anos após passar por clubes pequenos como Bangu, Bonsucesso, Mesquita e se aventurar na França e no Gabão.

    "Decidi parar porque vi que não ia conseguir conquistar meus objetivos no futebol. Estava longe da excelência", diz. "Foi uma opção minha não ficar na sombra do meu pai", completa.

    Jair diz que fala pouco com o pai sobre futebol. "Nossa vida é muito corrida. Acabo ficando distante até da família", afirma.

    Logo após desistir da carreira, cursou educação física. Em 2008, estagiou no Botafogo e foi contratado logo depois como o quarto preparador físico do clube. Foi chamado para ser auxiliar técnico de Ney Franco e também exerceu a função nas categorias de base da seleção.

    Em 2013, foi demitido e virou auxiliar de Estevam Soares, no CSA-AL. Dois anos depois, retornou ao alvinegro como auxiliar-técnico de René Simões.

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