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    DIS descarta acordo com Neymar e comemora decisão da Promotoria

    DIOGO BERCITO
    DE MADRI
    PAULO PASSOS
    EDITOR-ADJUNTO DE "ESPORTE"

    23/11/2016 17h18

    A DIS, fundo de investimento que acusa Neymar, Santos e Barcelona de fraude na negociação do jogador com o clube catalão em 2013, comemorou o anúncio do Ministério Público da Espanha, nesta quarta-feira (23), que pediu a prisão do atacante. O advogado da empresa, Paulo Nasser, afirmou que não pretende negociar acordo com os representantes do jogador e que vai esperar o julgamento do caso na Espanha.

    "Queremos seguir o processo normalmente, não trabalhamos com a hipótese de acordo. Para o DIS é uma questão de justiça. Houve uma fraude, um estelionato", afirmou Nasser à Folha.

    O DIS acusa as partes –Neymar, Santos e Barcelona– de ocultarem valores da transação do atacante para o Barcelona em 2013. Com isso, teriam deixado de pagar o valor correspondente aos 40% do montante total da venda do ex-santista.

    "Apresentamos documentos e provas mostrando que fomos enganados. É um caso de corrupção privada", disse Nasser.

    Neymar foi vendido por cerca de 17 milhões de euros do Santos para o Barcelona, em 2013. Antes disso, porém, o clube catalão pagou 40 milhões de euros diretamente à empresa do jogador. O Santos recebeu cerca de 12 milhões de euros em contratos extras, no momento da concretização da venda. Segundo os clubes, os valores correspondem a acordos de prioridade dada ao Barcelona em futuras vendas de jogadores santistas, entre outras parcerias.

    A DIS contesta essa versão e diz que houve fraude e ocultação do valor total do negócio para prejudicar a empresa.

    Na sua ação, ele pede a prisão de Neymar por cinco anos. A empresa solicita ainda que o jogador fique impossibilitado de atuar durante o período da pena.

    Já a o Ministério Público espanhol pediu dois anos de prisão para o jogador Neymar por suposta fraude em sua transferência do Santos para o Barcelona. Além da detenção, a Promotoria pede ainda que o jogador pague multa de € 10 milhões.

    As ações da DIS e da promotoria espanhola são distintas, mas serão julgadas em conjunto pela Justiça da Espanha.

    O julgamento de Neymar, caso o processo seja aceito pelo juiz nos próximos dias, provavelmente ocorreria apenas no ano que vem. Não há uma previsão concreta de data.

    A Audiência Nacional é um tribunal espanhol especial com jurisdição em todo o território da Espanha. São julgados ali casos como os de terrorismo e de crime organizado.

    Procurada pela Folha, a corte afirmou que uma possível decisão no caso de Neymar ainda poderia ser apelada em instâncias mais altas, como o Supremo Tribunal.

    OUTRO LADO

    A assessoria de imprensa NN consultoria, empresa que administra a carreira de Neymar, informou que "as partes ainda não foram notificadas e nem comunicadas sobre a abertura de acusação do Ministério Público e no período certo irão apresentar a defesa".

    "Continuamos tranquilos porque todos os contratos foram firmados com respeito aos preceitos legais, éticos e morais e com a ciência do Santos Futebol Clube e FC Barcelona. Seguimos seguros que o tempo oferecerá todas as respostas positivas", completa a nota da assessoria do jogador.

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