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    Em ano olímpico, COB adia prêmio a atletas pela primeira vez desde 1999

    PAULO ROBERTO CONDE
    DE SÃO PAULO

    25/11/2016 14h26

    Julio Cesar Guimarães/UOL
    RIO DE JANEIRO - RJ - BRASIL - 15/12/2015 – PREMIO BRASIL OLIMPICO. Atletas Ana Marcela Cunha (maratona aquatica) e Isaquias Queiroz (canoagem) sao eleitos os melhores atletas olimpicos de 2015, ao lado do ministro dos esportes George Hilton no teatro Bradesco no shopping Village Mall. (Foto: Julio Cesar Guimaraes/UOL).******EMBARGADO PARA USO EM INTERNET******* ATENCAO: PROIBIDO PUBLICAR SEM AUTORIZACAO DO UOL
    Ana Marcela Cunha e Isaquias Queiroz foram eleitos os melhores atletas olímpicos de 2015

    O COB (Comitê Olímpico do Brasil) adiou, pela primeira vez desde sua criação, em 1999, o tradicional Prêmio Brasil Olímpico, distinção para os melhores atletas e técnicos de cada modalidade esportiva e os melhores do ano. E justamente no ano em que foram realizados os Jogos do Rio.

    A cerimônia, que costumeiramente ocorre em dezembro –neste ano, a expectativa era de que ocorresse dia 19 do mês–, será realizada somente em março.

    A quebra na tradição pegou presidentes de confederações esportivas associadas ao comitê olímpico de surpresa. Na primeira quinzena de novembro, a direção do principal órgão do Movimento Olímpico no país divulgou uma circular interna com a alteração.

    Procurado pela Folha, o COB afirmou que o adiamento tem a ver tão somente com o local de realização. Ele deseja abrigá-lo no Theatro Municipal do Rio, que vive problema de greve de seus funcionários em razão de falta de pagamento de salários.

    "O COB quer fazer a cerimônia no Theatro Municipal e, diante do momento delicado do teatro, com a possibilidade de greve, o COB optou por adiar a premiação para março de 2017", disse resposta do comitê, enviada por sua assessoria de imprensa.

    Em edições anteriores, o prêmio já ocorreu no teatro do Museu de Arte Moderna do Rio e até mesmo em um shopping de São Paulo, em 2013.

    A Folha questionou o COB se há garantia de que em março de 2017 a crise no Municipal já estará debelada e se a entidade não pensou em realizar o evento em outro local, como em edições anteriores. O COB respondeu que "o Municipal é um ícone da cidade do Rio e o COB decidiu que esta edição do prêmio deveria ser realizada no local".

    O comitê deverá ter uma perda significativa na arrecadação da Lei Piva, que lhe destina verba de loterias federais. A entidade deve dispor de aproximadamente R$ 200 milhões da lei em 2017, bem menos do que os R$ 242 milhões que teve para 2016.

    No ano passado, a nadadora Ana Marcela Cunha e o canoísta Isaquias Queiroz foram eleitos os melhores atletas do ano.

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