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    Parque Olímpico do Rio corre o risco de ficar sem gestor privado

    ITALO NOGUEIRA
    DO RIO

    30/11/2016 13h52

    O Parque Olímpico da Barra corre o risco de ficar sem gestor privado este ano. Uma única empresa em recuperação judicial concorreu na licitação para administrar o espaço, mas não apresentou os documentos necessários. Ela ainda pode recorrer.

    A Prefeitura do Rio busca um parceiro para gerir o espaço por 25 anos. A licitação prevê um repasse do município à futura concessionária de R$ 16,6 milhões por ano, além de R$ 166,5 milhões para a desmontagem das estruturas.

    A única empresa a se apresentar foi a construtora Sanerio, empreiteira de médio porte em recuperação judicial. A comissão responsável pela disputa recusou a garantia de proposta apresentada pela empresa. Ela ainda pode recorrer da decisão ou apresentar novos papéis para atender à exigência em duas semanas.

    Há pouca expectativa na Secretaria de Concessões e PPPs de que a empresa cumpra a exigência, já que a garantia de proposta é considerada um documento simples. Exige-se o depósito-caução de R$ 3,8 milhões para garantir que a licitante vai permanecer na disputa –o valor é devolvido na assinatura do contrato. A Sanerio apresentou apenas uma carta-garantia.

    Se apresentada a garantia de proposta, ainda serão analisados a proposta econômica, o plano de negócios e a habilitação técnica da concorrente.

    O futuro gestor do Parque Olímpico será o responsável pela desmontagem da Arena do Futuro, local das competições de handebol, e a construção de quatro escolas municipais com o material. Ele também deve desfazer o Centro Olímpico de Esportes Aquáticos –as duas piscinas serão instaladas em áreas pobres da cidade.

    A PPP do modo legado do Parque Olímpico era apresentada pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB) como modelo de planejamento de sua gestão para evitar "elefantes brancos". Embora tenha apresentado uma proposta de uso futuro para cada uma das arenas, o financiamento do Parque Olímpico pós-Jogos segue indefinido.

    Havia a expectativa na prefeitura que empresas responsáveis por grandes eventos fossem concorrer. A principal delas é a francesa GL events, que já administra o Riocentro e a Arena Rio, que fica no Parque Olímpico.

    A empresa decidiu reavaliar o investimento após Paes sinalizar que aprovará a construção na Arena da Gávea, do Flamengo. A GL avalia que o espaço, na zona sul do Rio, reduz as chances de rentabilidade da Arena Carioca 1, principal fonte de receita do futuro gestor privado do Parque Olímpico.

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