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    Tragédia em voo da Chapecoense

    Sobreviventes bolivianos seguiram protocolo durante a queda, diz Serra

    FABIO VICTOR
    ENVIADO ESPECIAL A MEDELLÍN

    01/12/2016 07h30 - Atualizado às 17h28

    O ministro das Relações Exteriores, José Serra, contou na noite desta quarta (30) que conversou com os dois tripulantes bolivianos sobreviventes da queda do avião da Chapecoense e que eles relataram ter adotado a posição de segurança recomendada em caso de acidente –colocar a cabeça entre as pernas e protegê-la com o braço.

    "Não fizemos muita perguntas. O piloto já tinha dado ordem para sentar e apertar o cinto, porque iria pousar. Estava nesse processo quando de repente apagou a luz e aí, como são tripulantes, adotaram aquela posição que defende mais no caso de algum desastre. Foi isso. Mas nós não perguntamos, eles falaram espontaneamente", disse Serra.

    Entre os seis sobreviventes da queda do avião da Chapecoense, somente os dois bolivianos não correm risco de morrer.

    Os outro quatro –os jogadores Alan Ruschel, Jackson Follman e Neto e o jornalista Rafael Henzel– continuam em estado crítico, porém estável, com uma ligeira melhora. Todos estão sedados e na UTI.

    Erwin e Ximena estão em "condições muito boas", segundo a diretora médica da clínica Somer (em Rionegro, cidade vizinha a Medellín), onde ambos estão internados. Os bolivianos são os únicos que não estão na UTI. Segundo Ana Maria Gonzalez, diretora da clínica, Erwin pode receber alta já nos dias 2 ou 3 para retornar à Bolívia. Ximena deve ficar mais tempo para se recuperar de lesão no pé direito.

    Na Clínica Somer também está internado o jogador Alan Ruschel, mas Serra disse que não visitou porque o brasileiro está sedado e entubado ("não quis trazer nenhuma perturbação"). "Mas conversei com os médicos e tive uma dimensão do que foi feito. A atenção está sendo muito boa."

    Alan sofreu uma cirurgia na coluna vertebral –que, no momento, não compromete sua mobilidade, informou o hospital.

    Em Medellín, Serra também participou da homenagem do Atlético Nacional à memória das vítimas, uma cerimônia comovente que reuniu milhares dentro e fora do estádio Atanásio Girardot. O chanceler embargou a voz e chorou algumas vezes durante seu discurso e disse que não lembra de ter tido uma emoção tão grande como a da noite de quarta.

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