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    Tragédia em voo da Chapecoense

    Pit-stop de voo da Chape em Bogotá custaria R$ 10 mil e uma hora extra

    EDUARDO GERAQUE
    FABRÍCIO LOBEL
    DE SÃO PAULO

    03/12/2016 02h00

    Uma parada no aeroporto de Bogotá, na Colômbia, provavelmente teria evitado a tragédia com o avião da LaMia, que levava o time da Chapecoense para o jogo mais importante da história do clube.

    O desvio, segundo o coronel Douglas Machado, especialista em investigações de acidentes aéreos, renderia uma hora a mais de voo e teria um custo aproximado de R$ 10 mil, incluindo combustível e taxas aeroportuárias.

    "Nenhum dos passageiros iria se incomodar com esse desvio", afirma o também professor da universidade Estácio.

    Assim como ocorreu há 20 anos, com o acidente fatal da banda Mamonas Assassinas, Machado analisa a viagem fatal da terça-feira a partir da relação cordial entre empresa e seus clientes.

    "Na tentativa de agradar o cliente [o clube de futebol] provavelmente o piloto optou por chegar rápido ao destino, mas a partir de um risco desnecessário."

    Pilotos brasileiros ouvidos pela Folha criticam o fato de o comandante, que morreu no acidente, ser também o sócio da empresa LaMia, o que pode causar conflito de interesse entre o cuidado com a segurança e custos.

    O advogado especializado em causas aeronáuticas Josmeyr Oliveira concorda.

    "Se fosse um piloto contratado [funcionário da empresa], ele pensaria na própria vida e pararia no primeiro aeroporto que visse [se soubesse que estava com pouco combustível].

    Tragédia em voo da Chapecoense

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