As punições do Comitê Olímpico Internacional (COI) à Rússia pelo esquema nacional de doping foram estendidas nesta quarta-feira (7).

O COI planeja publicar o relatório investigativo final sobre o caso na próxima sexta-feira (9), o qual trará novas informações sobre as alegações de doping da Rússia, em especial a da manipulação do laboratório credenciado pela Agência Mundial Antidoping (Wada) nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, em Sochi.

O comitê avaliará as evidências apresentadas no relatório final, elaborado a partir de uma investigação compilada por Richard McLaren, e os envolvidos (atletas, o ministério do esporte russo, entre outros) receberão o direito de defesa. Quando esse processo for concluído, as punições referentes aos Jogos Olímpicos serão aplicadas pelo COI.

Enquanto isso não for realizado, o COI manterá em vigor as suspensões impostas ao esporte russo por tempo indeterminado.

Por conta dessa punição, russos do atletismo e levantamento de peso foram banidos dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, e o país veio à Olimpíada representado por 271 atletas dos 389 que viriam originalmente. O caso foi ainda mais extremo na Paralimpíada, pois nenhum russo pôde competir na Rio-2016.

ATLETISMO

Na semana passada, o Conselho Diretor da IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo) decidiu manter a suspensão da Federação Russa, embora seus atletas possam competir em provas individuais caso se submetam a controles de doping independentes.

O presidente da federação internacional, o britânico Sebastian Coe, confirmou que a Rússia não poderá participar do Campeonato Europeu em pista coberta, marcado para fevereiro, em Belgrado.

"Um das condições fundamentais que ainda não foi cumprida é demonstrar que a IAAF e a Rusada [agência antidoping russa] poderão realizar seu programa de controles sem interferências externas", afirmou o presidente da comissão de acompanhamento da Rússia, Rune Andersen.

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