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    Tragédia em voo da Chapecoense

    Após tragédia, Chapecoense quase triplica número de associados

    LUIZ COSENZO
    ENVIADO ESPECIAL A CHAPECÓ (SC)

    10/12/2016 02h00

    Após o acidente aéreo que vitimou 71 pessoas, incluindo 19 jogadores e 24 membros da delegação da Chapecoense, o clube pediu ajuda para se reerguer e a solidariedade foi vista em todo o país. Em dez dias, a equipe triplicou o número de associados, que pode crescer ainda mais.

    O aumento expressivo aconteceu no plano de "sócio contribuinte", que foi criado após o acidente com o objetivo de buscar apoio de torcedores que não moram na cidade de Chapecó (SC).

    Em dez dias, 15.850 pessoas aderiram e outras 50 mil estão na fila para ter o cadastro aprovado. Esses quase 16 mil apoiadores junto com os 9.100 sócios torcedores que o clube tem atualmente somam um total de 24.950 associados, quase o triplo dos 8.500 que a equipe tinha antes da tragédia no voo da LaMia.

    De acordo com departamento de marketing da Chape, os sócios torcedores pagam entre R$ 80 e R$ 185 por mês, e têm entrada gratuita garantida em todos os jogos na Arena Condá.

    Já os sócios contribuintes desembolsam entre R$ 20 e R$ 100 por mês e têm, em contrapartida, desconto na compra de ingressos proporcional ao valor do plano.

    Um dos novos associados é o treinador Cuca, que já jogou pelo clube catarinense em 1996. "Acho que a Chape vai ser ainda mais forte do que era. Até eu virei sócio. Muitos ajudaram e ainda vão ajudar", disse o técnico no início da semana.

    Ele faz seu último jogo pelo Palmeiras neste domingo (11), quando o clube enfrenta o Vitória, fora de casa, pelo Campeonato Brasileiro.

    O aumento no número de sócios-torcedores surpreendeu até o presidente do clube, Ivan Tozzo, que assumiu o comando após a morte de Sandro Pallaoro no acidente.

    "Isso é para ver quanto tudo isso repercutiu e o quanto as pessoas se sensibilizaram pelo acontecido. A gente tem a obrigação de tocar esse time", disse o dirigente.

    NOVOS SÓCIOS

    Juliana Lermen, 23, natural da cidade gaúcha de Chiapeta e moradora de Chapecó há quatro anos, virou sócia da Chapecoense logo após o acidente.

    "Já tinha a intenção de virar sócia antes da tragédia, mas sempre adiava. Com esse momento difícil que o clube atravessa, resolvi aderir", disse a estudante de psicologia, torcedora do Internacional. Ela frequenta o estádio com o namorado, que é torcedor da Chape.

    Natural de Joinville, Naraiane Fermino, 23, também se tornou sócia após a tragédia. "Decidi me associar porque o clube precisa dessa ajuda para ser reconstruído", afirmou.

    Acidente em voo da Chapecoense

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