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    Gigante chinesa Alibaba investe quase R$ 2 bi nos Jogos Olímpicos

    CLÓVIS ROSSI
    ENVIADO ESPECIAL A DAVOS

    19/01/2017 14h12

    Ju Huanzong - 25.mar.14/Xinhua
    Logotipo na sede da Alibaba, em Hangzhou, China
    Logotipo na sede da Alibaba, em Hangzhou, China

    Alibaba, o gigante chinês de comércio eletrônico, anunciou nesta quinta-feira (19) um acordo de US$ 600 milhões (quase R$ 2 bilhões) para entrar como patrocinador não só da próxima Olimpíada (Tóquio-2018) mas também dos cincos Jogos Olímpicos seguintes.

    O anúncio foi feito durante o encontro anual-2017 do Fórum Econômico Mundial, o grande convescote da elite empresarial global. Confirma-se, com isso, a ascensão da China nesse universo, já que coube a seu presidente, Xi Jinping, abrir a reunião, na terça-feira (17).

    Jack Ma, presidente do grupo, informou também que Alibaba fornecerá serviços de tecnologia aos organizadores dos jogos até 2028. Criará também um Canal Olímpico, serviço digital de TV destinado a promover os jogos para audiências jovens. Será um canal desenhado para chinesas, o que, considerando o tamanho da população (1,3 bilhão), é suficiente em tese para assegurar seu sucesso.

    A ideia, diz Ma, é "levar os Jogos Olímpicos à era digital".

    O tamanho do investimento fica ainda mais imponente se comparado às receitas que os atuais 12 patrocinadores forneceram aos Jogos de Inverno de Sochi, na Rússia, em 2014, e aos de verão, no Rio de Janeiro, em 2016.

    Segundo cálculo do jornal britânico "Financial Times", foi pouco mais de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 3,2 bilhões), o que significa que o novo patrocinador entrará com mais da metade do que 12 pagaram pelas edições mais recentes.

    É verdade que não é a primeira vez que uma firma chinesa patrocina Jogos Olímpicos: a Lenovo (computadores) o fez na Olimpíada de Pequim (2008), mas a iniciativa da Alibaba é claramente uma incursão bem mais potente.

    É também a quebra do virtual monopólio que companhias ocidentais exercem sobre os Jogos Olímpicos, com grifes como Visa e Coca-Cola.

    Mas é coincide com o desejo manifestado pelo presidente Xi Jinping de transformar a China em "uma grande nação esportiva".

    Como o governo manda em tudo no país, até os clubes de futebol, esporte em que os chineses são inexpressivos, estão comprando em penca jogadores estrangeiros.

    Só do Brasil há mais de 40 atletas atuando na China, incluindo titulares da seleção de Tite, como Renato Augusto e Paulinho.

    A companhia de Jack Ma foi fundada em 1999 e, em menos de 18 anos, tornou-se a maior empresa de comércio eletrônico do mundo e, seu fundador, em pop-star do mundo empresarial.

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