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    Tragédia em voo da Chapecoense

    História de superação da Chapecoense leva mídia internacional a Chapecó

    GUILHERME SETO
    ENVIADO ESPECIAL A CHAPECÓ (SC)

    21/01/2017 02h00

    Adriano Vizoni/Folhapress
    Jornalistas durante entrevista de Alan Ruschel antes de amistoso contra o Palmeiras
    Jornalistas durante entrevista de Alan Ruschel antes de amistoso contra o Palmeiras

    As histórias de superação são quase que universalmente adoradas. Também por isso, o mundo inteiro, que há dois meses voltou os olhos para Chapecó para lamentar o drama que se abateu sobre a cidade de pouco mais de 200 mil habitantes, agora aguarda com expectativa o "Jogo da Solidariedade", quando a Chape voltará a jogar.

    Duzentos e setenta jornalistas se credenciaram para participar da cobertura da partida, sendo que parte significativa deles está distribuída por países estrangeiros.

    Profissionais de 11 países, além do Brasil, acompanharão o evento: Alemanha, Argentina, Espanha, EUA, França, Holanda, Inglaterra, Itália, Japão, Qatar e Suécia. Cerca de 30 empresas de mídia internacionais acompanharão o evento, entre elas, os jornais "Le Monde" (França) e "Bild" (Alemanha) e os canais de TV Deutsche Welle (Alemanha), CNN (EUA) e BBC (Inglaterra).

    Os jornalistas do diário "Marca", da Espanha, presentearam a Chapecoense com camisas de todos os times do Espanhol, com assinaturas de jogadores como Messi, Neymar (Barcelona), Bale (Real Madrid) e Griezmann (Atlético de Madri), que ficarão em um museu que o clube catarinense construirá.

    "A repercussão na Espanha foi igual a se tivesse acontecido com uma equipe nossa. O impacto social foi muito grande, como se tivesse sido com vizinhos. A expectativa espanhola sobre o jogo não tem repercussão desportiva, mas emotiva. Queremos tratar de que a tragédia não seja esquecida, porque o futebol é muito cruel: hoje estamos felizes porque ganhamos, amanhã estamos tristes porque perdemos", diz Fabián Torres, do diário espanhol.

    "Os alemães gostam da ideia da Chapecoense: é um clube pequeno com trabalho sério. Não vão contratar um Ronaldinho Gaúcho, que vai para a balada. Eles não querem isso, eles querem trabalhar sério. E os alemães são um pouco assim, não gostam muito de estrelas como Neymar e Cristiano Ronaldo. Tem que ser mais no chão, como Müller. A gente se identifica, parece um clube do interior da Alemanha", diz Thomas Milz, da rádio alemã ARD.

    A CBF divulgou que colocará à disposição de todas as emissoras de TV, sem custo, as imagens do jogo. Fora do Brasil, a ESPN transmitirá a partida para diferentes localidades em que presta serviços, como Estados Unidos e países da América Latina (especialmente Colômbia, país onde aconteceu a tragédia).

    Em campo, além do jogo, os presentes acompanharão eventos festivos que terão como tema a transição do passado para o presente. A ideia é tentar estabelecer a continuidade entre o legado deixado pelas vítimas e o projeto que se inicia agora.

    Acidente em voo da Chapecoense

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