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    Campeonato Paulista 2017

    No reencontro com a torcida, ídolo Ceni tenta evitar pressão

    EDUARDO RODRIGUES
    DE SÃO PAULO

    12/02/2017 02h00

    "Você vai ser técnico desse time, voltará para cá, e vamos ser campeões de novo, Rogério". A frase dita por Nasi, vocalista da banda Ira!, ecoou no Morumbi como um presságio na despedida de Ceni do São Paulo, em dezembro de 2015. Não demorou muito e a previsão se concretizou.

    Neste domingo (12), o ex-goleiro terá o primeiro contato com a torcida são-paulina como técnico da equipe no estádio que proporcionou a ele suas maiores glórias e decepções nos 22 anos em que defendeu as cores do time. Às 17h, a equipe enfrenta a Ponte Preta pela segunda rodada do Campeonato Paulista.

    O seu retorno demorou pouco mais de um ano para acontecer e, se como jogador foi ídolo incontestável, na nova função talvez não tenha a mesma tranquilidade.

    Com mais de 35 mil ingressos vendidos antecipadamente, a equipe entra pressionada devido ao mau resultado em sua estreia no Paulista –o time foi derrotado por 4 a 2 para o Audax. Já na Copa do Brasil venceu o Moto Club, mas não convenceu.

    Conhecidos pela cobrança, muitas vezes excessiva, os torcedores são-paulinos sabem que precisam ter paciência com o técnico Ceni.

    Sem experiência na função, ele terá que aproveitar toda sua identidade com o clube para evitar a euforia dos mais entusiasmados e acalmar a impaciência dos mais imediatistas.

    Ceni conhece mais do que ninguém a torcida são-paulina, e sabe que até mesmo os ídolos não são perdoados. Em 2013, Muricy Ramalho teve seu trabalho contestado após uma derrota por 3 a 0 para o Santos. O treinador havia sido tricampeão brasileiro com o clube cinco anos antes.

    Luis Fabiano também foi alvo de críticas. Um dos maiores artilheiros da história do São Paulo, o atacante foi vaiado em 2012 pelo desempenho ruim em alguns jogos. Três anos depois, foi chamado de "pipoqueiro" após a eliminação na Libertadores.

    Recebendo apoio dentro do clube neste início de trabalho, Ceni quer também o suporte das arquibancadas.

    "Espero que a gente possa contar com o apoio da torcida para fazer um bom jogo. Que o torcedor compareça e incentive o time, porque precisamos de um resultado positivo. Será um jogo difícil, a Ponte Preta impõe respeito, mas vamos tentar trazer a torcida para empurrar a equipe", afirmou o comandante.

    Pelo menos antes da bola rolar, a expectativa é por uma grande festa para o ex-goleiro. Resta saber por quanto tempo ela vai durar.

    GOLEIROS

    Após escalar Sidão como titular na estreia pelo Paulista e optar por Denis na Copa do Brasil, Ceni deixou um mistério ainda maior sobre quem será o goleiro titular na partida contra a Ponte Preta.

    Os próprios jogadores afirmam que não sabem qual é a ideia do técnico com esse rodízio. A dúvida, mais uma vez, continuará até domingo.

    RECORDE DE PÚBLICO

    Impulsionada pelo retorno de Rogério Ceni ao Morumbi e pelos ingressos que variam de R$ 20 a R$ 120, a torcida do São Paulo baterá o recorde de público do clube em uma partida de primeira fase do Paulista na década.

    Até sexta-feira (10), mais de 35 mil ingressos tinham sido vendidos antecipadamente, superando assim o confronto entre o clube tricolor e o Santos, em 2012.

    Naquela partida, 31.972 pessoas viram o São Paulo derrotar o rival por 3 a 2 no estádio do Morumbi pela 14ª rodada do Estadual.

    O confronto deste domingo ainda pode superar o maior público da equipe no torneio desde 2010, que foi de 47.771 torcedores, em 2012, pela semifinal, também contra os santistas.

    "Em casa, temos que contar sempre com o apoio da torcida. Não teremos muito tempo para preparar o time, porque jogamos na quinta e só teremos o sábado para recuperar os jogadores fisicamente, então a presença do torcedor são-paulino ganha ainda mais importância", disse Ceni durante a semana

    No Paulista-2016, o São Paulo registrou uma de suas piores médias de público da história, com 7.256 torcedores por jogo. O duelo contra o Mogi Mirim foi visto por 3.013 pessoas. Sem poder utilizar o Morumbi, que passava por reforma no gramado, o time mandou as primeiras partidas no Pacaembu.

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