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    Rio de Janeiro

    Estádio do Maracanã vai permanecer fechado pelo menos até abril

    DE SÃO PAULO

    18/02/2017 02h00

    O Maracanã só deve ser reaberto em abril. A Odebrecht pretende anunciar até sexta-feira (24) o vencedor da disputa pelo controle do estádio.

    Duas empresas francesas (GL Events e Lagardère) fizeram propostas por ativos do Consórcio Maracanã, empresa criada em 2013 pela Odebrecht (95%) e pela AEG (5%) para geri-lo após licitação. Na próxima semana, executivos delas deverão fazer seus últimos lances pelo negócio.

    Apesar da proximidade do anúncio do vencedor, representantes das empresas informaram que precisarão concluir o processo da "due diligence" (análise dos números) antes de operar a arena.

    A "due diligence" é comum no universo empresarial em processo de aquisições. Nele, o investidor realiza uma investigação prévia das reais condições da empresa. O processo começará em março e vai durar no mínimo um mês.

    A previsão da Ferj (federação de futebol do Rio) agora é de contar com o estádio para as finais do Estadual.

    A decisão da Taça Guanabara, primeiro turno do Estadual, será no dia 5, provavelmente no Engenhão. As finais do Estadual estão marcadas para 30 de abril e 7 de maio.

    A entrada do novo administrador deve demorar ainda mais porque as duas empresas interessadas têm muitas dúvidas com relação à situação do Maracanã após a realização da Olimpíada.

    Depois do evento, os organizadores da competição entregaram o equipamento com pendências, segundo a Odebrecht. O custo de reparação ainda não foi calculado.

    Os interessados não querem pagar essa conta.

    Segundo a Odebrecht, a cobertura pode ter sido abalada, centenas de cadeiras não foram instaladas e o painel de energia do Maracanãzinho foi entregue queimado.

    Outra preocupação é com relação ao sistema de drenagem do campo do Maracanã. Um buraco profundo feito no meio do gramado pode ter afetado o funcionamento.

    Para ficar com a arena, o vencedor deverá pagar ao menos R$ 60 milhões à Odebrecht e se comprometer a investir cerca de R$ 200 milhões no complexo até o fim do tempo de exploração (35 anos). Outra exigência é que o novo gestor pague R$ 5,5 milhões anuais ao governo.

    Desde 2016, a Odebrecht tenta deixar a operação do estádio. A empresa alega prejuízo acumulado de cerca de R$ 175 milhões desde 2013. No dia 8, o governo do Estado homologou as empresas francesas como aptas a geri-lo.

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